João Amílcar Salgado

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

COMPROVADAS AS ONDAS GRAVITACIONAIS DE EINSTEIN - E QUE MINAS TEM COM ISSO?


Cientistas anunciaram em 11-2-16 que em 14-9-15 ficou comprovada a hipótese de Einstein de que ondas gravitacionais percorrem o universo. Não só foram fisicamente comprovadas como ouvidas. Isso significa que, a partir daí, poderemos ouvir o som da onda provocada pelo bigbang, explosão universal supostamente ocorrida há quase 14 bilhões de anos. Einstein deduziu as ondas em 1916 e 100 anos depois, em 2016, elas foram comprovadas. Que isso tem com Minas Gerais?
Não podemos esquecer que foi no Brasil que se realizou  a confirmação da principal proposta de Einstein, a equação da relatividade. Isso ocorreu no Brasil porque houve um eclipse na cidade cearense de Sobral, em 1919, e com ele  foi possível comprovar a formulação do sábio alemão. Einstein deveria estar em Sobral para presenciar e celebrar sua façanha. Ele não veio e só visitou nosso país seis anos depois, em 1925.
No motivo de sua ausência em 1919 e de sua presença em 1925, entra um componente mineiro. Isto porque foi o médico mineiro Antônio da Silva Melo, de Juiz de Fora, o fator principal na decisão de Einstein para a viagem ao Rio de Janeiro. O cientista tinha medo de morrer de diarreia no calor tropical (ele padecia dessa catação-de-risco). Seu médico alemão o tranquilizou, indicando que seria recebido  no Rio por um médico que fora seu aluno e colaborador em Berlim e que este brasileiro, além de falar alemão fluentemente, era gastrenterologista de alta competência. Einstein foi tão bem tranquilizado que teria beliscado quitutes no mercado municipal e provado feijoada na residência de Melo.
Assim, quando Einstein desembarcou no Rio, foi recebido por dois mineiros: o também cientista e também descobridor Carlos Chagas e pelo criador da Gastrenterologia brasileira, Antônio da Silva Melo. E mais ainda: Einstein havia recebido o premio Nobel de Física em 1921, sendo que Carlos Chagas foi indicado para receber o premio Nobel de Medicina neste mesmo ano e não o recebeu por uma armação de gente má e poderosa, que não tolerava o fulgurante brilho deste mineiro.
Leonice Simões, Gilberto Felisberto Vasconcelos e João Amílcar Salgado, dois mineiros e um paulista, documentam a relação entre Einstein e Silva Melo. Já Carlos Amílcar Salgado, mais um mineiro, em seu livro A História da Dispepsia e a Dispepsia na História (2007), estuda a dispepsia que acometeu personagens históricos, um deles Albert Einstein.
João Amílcar Salgado