COMPROVADAS
AS ONDAS GRAVITACIONAIS DE EINSTEIN - E QUE MINAS TEM COM ISSO?
Cientistas
anunciaram em 11-2-16 que em 14-9-15 ficou comprovada a hipótese de Einstein de
que ondas gravitacionais percorrem o universo. Não só foram fisicamente
comprovadas como ouvidas. Isso significa que, a partir daí, poderemos ouvir o
som da onda provocada pelo bigbang, explosão universal supostamente ocorrida há
quase 14 bilhões de anos. Einstein deduziu as ondas em 1916 e 100 anos depois,
em 2016, elas foram comprovadas. Que isso tem com Minas Gerais?
Não podemos
esquecer que foi no Brasil que se realizou
a confirmação da principal proposta de Einstein, a equação da
relatividade. Isso ocorreu no Brasil porque houve um eclipse na cidade cearense
de Sobral, em 1919, e com ele foi
possível comprovar a formulação do sábio alemão. Einstein deveria estar em
Sobral para presenciar e celebrar sua façanha. Ele não veio e só visitou nosso
país seis anos depois, em 1925.
No motivo de
sua ausência em 1919 e de sua presença em 1925, entra um componente mineiro.
Isto porque foi o médico mineiro Antônio da Silva Melo, de Juiz de Fora, o
fator principal na decisão de Einstein para a viagem ao Rio de Janeiro. O
cientista tinha medo de morrer de diarreia no calor tropical (ele padecia dessa
catação-de-risco). Seu médico alemão o tranquilizou, indicando que seria recebido
no Rio por um médico que fora seu aluno
e colaborador em Berlim e que este brasileiro, além de falar alemão
fluentemente, era gastrenterologista de alta competência. Einstein foi tão bem
tranquilizado que teria beliscado quitutes no mercado municipal e provado
feijoada na residência de Melo.
Assim, quando
Einstein desembarcou no Rio, foi recebido por dois mineiros: o também cientista
e também descobridor Carlos Chagas e pelo criador da Gastrenterologia
brasileira, Antônio da Silva Melo. E mais ainda: Einstein havia recebido o
premio Nobel de Física em 1921, sendo que Carlos Chagas foi indicado para
receber o premio Nobel de Medicina neste mesmo ano e não o recebeu por uma
armação de gente má e poderosa, que não tolerava o fulgurante brilho deste
mineiro.
Leonice
Simões, Gilberto Felisberto Vasconcelos e João Amílcar Salgado, dois mineiros e
um paulista, documentam a relação entre Einstein e Silva Melo. Já Carlos
Amílcar Salgado, mais um mineiro, em seu livro A História da Dispepsia e a
Dispepsia na História (2007), estuda a dispepsia que acometeu personagens históricos,
um deles Albert Einstein.
João Amílcar Salgado