João Amílcar Salgado

sábado, 7 de julho de 2018


FERNANDO MASSOTE - O HOMEM DE LA MANCHA DO PORTO DOS MENDES

João Amílcar Salgado
        A família Massote é de Campo Belo e é ligada a Nepomuceno porque dois de seus membros viveram certo tempo em Nepomuceno: o ex-pracinha e bancário Sílvio e o dentista Aloisio. Este e o Bedeu foram os personagens desencadeadores do famoso incidente do cabo de guarda-chuva, num animado baile no Clube de Xadrez. Outro é o médico Píndaro, muito amigo, além de colega de turma e patrício, do Maurício Sarquis -  célebre porque granjeou grande clínica depois que salvou um suicida perto de onde pescava. Mais outro é o jornalista Osvaldo Neves Massote sogro de meu amigo dileto, colega de docência na medicina e escritor Carlos Alberto de Barros Santos. Por fim, e não em menor relevo, verifica-se uma ligação adicional a Nepomuceno, pelo fraterno companheiro de Aprígio de Abreu Salgado, o sanitarista Aguinaldo Massote Monteiro. Ainda mais que é esposo da professora e deputada Marta Nair Monteiro, parente próxima dos numerosos co-munícipes da família Alves Vilela.
            Já o professor Fernando Massote foi figura de importância na luta contra o golpe de 1964. Exilou-se na Bélgica, onde estudou na Universidade de Louvain, e na Itália, onde fez doutorado na Universidade de Urbino, com a tese A EXPLOSÃO SOCIAL DO SERTÃO DE CANUDOS (1981). Docente na UFMG, foi ativo participante da eleição, por voto direto e paritário, do reitor Cid Veloso. Como escritor, é autor de A HISTORIA PELA METADE (2005) e VIAGEM AO SERTÃO (2016).
Fernando foi proclamado por dois de seus amigos nepomucenenses (Luiz Fernando Maia e eu), com o título de o Homem de la Mancha do Porto dos Mendes, onde, na margem campo-belense, foi proprietário de um sítio. Essa denominação é um tributo a sua invejável pugnacidade, em vários movimentos em favor de causas sociais e contra os desmandos de qualquer natureza.

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