FERNANDO MASSOTE - O HOMEM DE LA MANCHA DO PORTO DOS MENDES
João Amílcar Salgado
A
família Massote é de Campo Belo e é ligada a Nepomuceno porque dois de seus
membros viveram certo tempo em Nepomuceno: o ex-pracinha e bancário Sílvio e o
dentista Aloisio. Este e o Bedeu foram os personagens desencadeadores do famoso
incidente do cabo de guarda-chuva, num animado baile no Clube de Xadrez. Outro
é o médico Píndaro, muito amigo, além de colega de turma e patrício, do
Maurício Sarquis - célebre porque granjeou
grande clínica depois que salvou um suicida perto de onde pescava. Mais outro é
o jornalista Osvaldo Neves Massote sogro de meu amigo dileto, colega de
docência na medicina e escritor Carlos Alberto de Barros Santos. Por fim, e não
em menor relevo, verifica-se uma ligação adicional a Nepomuceno, pelo fraterno
companheiro de Aprígio de Abreu Salgado, o sanitarista Aguinaldo Massote
Monteiro. Ainda mais que é esposo da professora e deputada Marta Nair Monteiro,
parente próxima dos numerosos co-munícipes da família Alves Vilela.
Já o professor Fernando Massote foi figura de importância
na luta contra o golpe de 1964. Exilou-se na Bélgica, onde estudou na
Universidade de Louvain, e na Itália, onde fez doutorado na Universidade de
Urbino, com a tese A EXPLOSÃO SOCIAL DO SERTÃO DE CANUDOS (1981). Docente
na UFMG, foi ativo participante da eleição, por voto direto e paritário, do
reitor Cid Veloso. Como escritor, é autor de A HISTORIA PELA METADE
(2005) e VIAGEM AO SERTÃO (2016).
Fernando
foi proclamado por dois de seus amigos nepomucenenses (Luiz Fernando Maia e
eu), com o título de o Homem de la Mancha
do Porto dos Mendes, onde, na margem campo-belense, foi proprietário de um
sítio. Essa denominação é um tributo a sua invejável pugnacidade, em vários
movimentos em favor de causas sociais e contra os desmandos de qualquer
natureza.
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