CÔNEGO
VÍTOR E A VILA
João Amílcar Salgado
Fiquei
impressionado com a fé dos devotos do Cônego Vítor da Vila. A eles quero
lembrar nossas ligações com o extraordinário santo negro, que foi corajosamente
ordenado por Dom Viçoso, antes da libertação dos escravos. O mais forte laço
dele com Nepomuceno é representado por meu avô professor João de Abreu Salgado,
diretor do Grupo Escolar Coronel Joaquim Ribeiro, hoje Escola Estadual. Durante
sua diretoria e a de sua discípula Alice Lima, os conterrãneos receberam a
notícia da vida, das realizações e dos milagres do santo. João de Abreu foi batizado
e aluno do Padre Vítor e foi seu legítimo herdeiro no método de ensino
original, caracterizado por ser suave e eficaz, diferente das demais escolas. A
família Abreu Salgado, quase toda de professores, do pré-primário ao
pós-doutorado, segue esta tradição. Meu
pai João Salgado Filho é afilhado de batismo do admirável sacerdote, de quem
recebeu de presente sua milagrosa bengala. No dia do batismo, o cônego estava
acamado e o bebê foi levado ao leito para ser abençoado. Outra igualmente forte
ligação com a Vila é representada por João Brandão, o Quidinho. O milagre do
incêndio no posto de gasolina do Quidinho foi decisivo para a beatificação.
A primeira e
principal biografia do Conego Vítor foi escrita por João de Abreu Salgado em
1946, cuja reedição foi lançada para a beatificação, com novo título VIDA DO
PADRE VÍTOR (2015)
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