HISTORIADORES
E PSIQUIATRAS
João Amílcar Salgado
O 28º
Congresso Brasileiro de História da Medicina, de 19 a 21/9/2024, em Barbacena,
pelo qual lancei meu livro “A PACIENTE BERENICE DA DOENÇA DE CHAGAS”, também lembrou
os 120 anos do hospital psiquiátrico público de Barbacena, ocorridos no ano
passado. A psiquiatria mineira de fato data de 1814 quando Antônio Gonçalves
Gomide divulgou a Impugnação analítica de um suposto milagre, na verdade uma síndrome
psicótica.
A reunião de
historiadores com psiquiatras foi muito interessante. Um destes, meu amigo desde
a faculdade, me disse que os psiquiatras não se dão bem com historiadores, temerosos
de que estes tratem sua especialidade como religião. Outro psiquiatra afirmou,
em sua palestra, ignorar haver algum cirurgião inteligente. Entre os ouvintes
estavam dois ilustríssimos neurocirurgiões, que democraticamente não protestaram,
ao contrário sorriram. Um deles é Sebastião Gusmão, apontado por colegas como o
maior neurocirurgião do país e que acumula este título com outro: é um gigante
historiador internacional. O outro é Jair Raso, exímio e elegante tanto na cirurgia
como nas artes cênicas e na cultura geral. Para aquela afirmação, o infeliz palestrante
estava autoconvicto de ostentar um intelecto muitas vezes superior ao de ambos
somados.
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