TODOS
OS GARCIA-FRADES DEVEM CONHECER ESTES SEUS DOIS ILUSTRES PRIMOS: LUIZ VILELA E
JOÃO BATISTA VILELA
João Amílcar Salgado
Graduei-me
em filosofia na Ufmg e logo nas primeiras aulas, em 1962, observei um aluno da
turma anterior, que alguém chamou de Luiz Vilela. De fato, parecia muito com os
Vilelas da Vila. Perguntei de onde era e respondeu Ituiutaba. Passou o curso
arredio (era ditadura) e logo já era famoso como escritor. Houve um lançamento
de um livro seu e fui prestigiá-lo. Ele ainda tinha cabelo e a repórter
chegou-se a mim: o senhor disse que no intervalo para o coquetel me daria
uma entrevista, pode ser agora? Fiquei feliz por ser tomado por ele e,
sorrindo, apontei o verdadeiro Luiz. Perguntei a ele se havia lido o livro da
Denise Garcia. Respondeu que ouvira falar nesse livro e confessou que não se
interessava muito por genealogia. Relatei isso ao historiador de Ituiutaba,
também Luiz, o ex-deputado Luiz Alberto Franco Junqueira, primo do outro. Este
me respondeu: na casa do escritor
quem se interessa muito por genealogia é sua mãe, Aurora. Telefonei
para ela que falou tudo sobre os Vilelas e os Garcias e já tinha lido a Denise.
A visita que prometi a essa mulher inteligentíssima e agradável foi sendo
adiada e ela faleceu. Para os primos que quiserem ler o Luiz, sugiro começarem
por uma das antologias, por exemplo, OS MELHORES CONTOS DE LUIZ VILELA
(1988).
Já o outro a ser conhecido é o João Batista
Vilela. Fui designado para uma comissão da reitoria da Ufmg em 1973, e ali
achei um professor da faculdade de direito que falava grosso e mole. Foi-me
apresentado com o sobrenome Vilela. Perguntei de onde era e a resposta também
foi Ituiutaba. Ele logo compôs um trio que fez a ligação da Ufmg com o que
havia de melhor no meio jurídico alemão, todos com doutorado de lá. São eles: o
João Batista (doutor em direito de família), o Antônio Álvares da Silva (doutor
em direito do trabalho e o maior conhecedor de grego do Brasil) e o
nepomucenense Joaquim Carlos Salgado (doutor em filosofia do direito). Os
livros do João Batista chamam atenção não só pela aclamação nacional e
internacional, mas pela temática peculiar: DO ANTROPOCENTRISMO AO
BIOCENTRISMO: AS DORES DO PARTO DE UM NOVO DIREITO (1997), DESBIOLOGIZAÇÃO DA PATERNIDADE (1979),
A PLACENTA E OS DIREITOS DA MULHER (2002), EM BUSCA DOS VALORES
TRANSCULTURAIS DO DIREITO (2004).
Além dos citados, mais dois nomes nos ligam à
cultura germânica: o reumatologista Paulo Madureira de Pádua (neto de lavrense)
e o teólogo, pregador, pianista, cantor e também doutor Luiz Henrique Eloy e
Silva (nepomucenense). Assinalo que João
Batista, Joaquim Carlos e Luiz Henrique são dos maiores oradores que já ouvi.
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