HIROSHIMA E O PRÊMIO
NOBEL DA PAZ
João Amílcar Salgado
Em outubro de 1985
o grupo MÉDICOS INTERNACIONAIS PARA A
PREVENÇÃO DA GUERRA NUCLEAR (IPPNW) recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Foi
organizado em 1980, sob a liderança de dois cardiologistas, o lituano
(naturalizado estadunidense, inventor do desfibrilador) Bernhard Lown e o mais distinto clínico russo-soviético
Evgeny Chazov. David S, Greer, cofundador desse grupo, pioneiro em geriatria e
pedagogo, esteve em Belo Horizonte, onde me ouviu sobre nossa inovaçao do
ensino médico. Ficou surpreso diante da riqueza de nosso Centro de Memória: com
grande interesse, me pediu explicação
sobre cada ítem. Agora, em outubro de 2024, a Confederação Japonesa de Organizações de
Sofredores de Bombas Atômicas e de Hidrogênio, também recebeu o Prêmio Nobel da
Paz. O líder sobrevivente Toshiyuki Mimaki, em prantos, dificilmente acreditou
no anúncio da premiação. Lamentavelmente o sobrevivente que veio viver no
Brasil, Takashi
Morita, faleceu, aos cem anos, dois meses antes. Podemos ler sua história no
livro A ÚLTIMA MENSAGEM DE HIROSHIMA: O QUE VI E COMO SOBREVIVI À BOMBA
ATÔMICA (2017). Nasceu em 1924 na própria Hiroshima e foi membro da Kempeitai,
temida Polícia Militar do Exército Imperial do Japão.
Podemos ler
também de Bernard Lown A ARTE PERDIDA DE CURAR (1996).
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