João Amílcar Salgado

sábado, 12 de outubro de 2024

 


HIROSHIMA E O PRÊMIO NOBEL DA PAZ

João Amílcar Salgado

Em outubro de 1985 o grupo  MÉDICOS INTERNACIONAIS PARA A PREVENÇÃO DA GUERRA NUCLEAR (IPPNW) recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Foi organizado em 1980, sob a liderança de dois cardiologistas, o lituano (naturalizado estadunidense, inventor do desfibrilador)  Bernhard Lown e o mais distinto clínico russo-soviético Evgeny Chazov. David S, Greer, cofundador desse grupo, pioneiro em geriatria e pedagogo, esteve em Belo Horizonte, onde me ouviu sobre nossa inovaçao do ensino médico. Ficou surpreso diante da riqueza de nosso Centro de Memória: com grande interesse,  me pediu explicação sobre cada ítem. Agora, em outubro de 2024, a Confederação Japonesa de Organizações de Sofredores de Bombas Atômicas e de Hidrogênio, também recebeu o Prêmio Nobel da Paz. O líder sobrevivente Toshiyuki Mimaki, em prantos, dificilmente acreditou no anúncio da premiação. Lamentavelmente o sobrevivente que veio viver no Brasil, Takashi Morita, faleceu, aos cem anos, dois meses antes. Podemos ler sua história no livro A ÚLTIMA MENSAGEM DE HIROSHIMA: O QUE VI E COMO SOBREVIVI À BOMBA ATÔMICA (2017). Nasceu em 1924 na própria Hiroshima e foi membro da Kempeitai, temida Polícia Militar do Exército Imperial do Japão.

Podemos ler também de Bernard Lown A ARTE PERDIDA DE CURAR (1996).

 

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