João Amílcar Salgado

sábado, 19 de julho de 2025

 


VESPERATA DE 5/7/25 EM DIAMANTINA

João Amílcar Salgado

O habilíssimo neurocirurgião Sebastião Gusmão recebeu fidalgamente a família de seu amigo João Amílcar Salgado a sua residência em Diamantina: Carlos, Sinara, João Vinícius, Helena, Rafael e Ana Luiza. Ele auspiciou adicionalmente sua pousada recém-inaugurada no Beco do Mota. A programação constou da Vesperata, de lauto almoço e da visita ao recém-inaugurado MEMORIAL DO TROPEIRO E DO FERREIRO, criado e enriquecido pelo próprio Sebastião, em homenagem a seu pai, tropeiro e ferreiro, Nathan Gusmão, o queridíssimo Sêo Nozinho. Visita esta estendida ao MUSEU TIPOGRAFIA PÃO DE SANTO ANTÔNIO

A suntuosa residência fica defronte à legendária IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS PRETOS, que conserva em frente a árvore engastada a uma cruz, referida em impressionante narrativa no livro O RISO DOURADO DA VILA (2020). O criativo neurocirurgião, historiador e globe-trotter da ciência e da cultura acumulou em sua biblioteca preciosidades de inúmeros lugares, sobressaindo a pedra de registro em baixo-relevo (paleta de siltito) do primeiro faraó Menés, de 3100 aC. Foi detido no aeroporto do Cairo com o pesado objeto, mas esclareceu que era dispendiosa réplica. O faraó consta também de O RISO DOURADO, quando o querido Tito Menêis chegou às lágrimas, ao ser informado de sua origem faraônica. Entre livros e objetos, está acumulado também o acervo sobre o sábio francês Afonso Pavie, migrado a Itamarandiba, do qual cedo leremos todo seu fabuloso legado, obra escrita e reescrita pelo Sebastião, ex-nascituro partejado pelo ex-universitário parisiense. O almoço reuniu ilustre gente: historiadores de Diamantina e da UFMG, administradores federais, estaduais e municipais de saúde, educadores, prefeito e familiares. Esboçou-se ali nova modalidade de evento: show de humorismo e erudição de diversos scholars, como tempero à degustação - em vez da palestra tradicional. Foi revelada a imagem da anja diamantinense, na abóbada da Igreja do Carmo (postagem anterior). Lista dos presentes: Helvécio Magalhães, Patrícia Jaime, Natália Gusmão, Luiz Eduardo Miranda, Erildo Nascimento, Joaquim Ribeiro Barbosa (Quincas), Guilherme Nogueira (querido ex-aluno), Pedro Afonso Fernandes,, Mateus Tavares e esposa, Ana Luiza Salgado, Rafael Santos, Leila Lobo Faria, João Amílcar Salgado, Sinara Martins, Carlos Amílcar Salgado, Helena Pimenta Retes, João Vinícius Salgado

Sobre a Vesperata, foi relembrada a missa de lançamento do livro JUSCELINO KUBITSCHEK, O MÉDICO (2000) de Fernando Araújo. Em tal data, após a Vesperata comemorativa, pedimos ao maestro que acompanhasse a missa a JK. Ele alegou que aquilo estava proibido pelo arcebispo D. Paulo Faria. Fomos ao prelado, apelamos por óbvia exceção e ele anuiu. Os músicos se ocultaram nos púlpitos elevados e, na hora da Consagração, súbito trinaram o Hino Nacional. Pranto coletivo inundou a nave. Não bastante, na benção final trinaram o PEIXE VIVO, sob salva de palmas, mais pranto e abraços. Ao comentarmos isso, o notável musicista e raro cirurgião João Meira, me pediu sugestão de músicas, que apresento atualizadas. Desse xará ouvi coisa que guardo para sempre: “João, seu texto sobre A SERPERNTE E A MEDICINA foi o mais perfeito que já li, você é o Antônio Torres de hoje, daí que lhe ofereço meu exemplar-relíquia de AS RAZOENS DA INCONFYDENCIA (1925).’

 

[VERSÃO CORRIGIDA DA POSTAGEM]

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