João Amílcar Salgado

sábado, 25 de dezembro de 2021

 


TRISTE PÁGINA

João Amílcar Salgado

Se o Brasil fosse um país sério e se não estivesse, como agora, brincando à beira de um precipício, o Conselho Federal de Medicina já estaria cuidando de gravíssimo processo para punir o ministro da saúde.  E a Sociedade Brasileira de Cardiologia já teria expulso de seus quadros o mesmo ministro, que dela incrivelmente consta como presidente licenciado. Sou historiador da medicina brasileira e autor de estudo sobre a criação efetiva dos Conselhos de Medicina, em 1958, pelo médico mineiro JK, então Presidente da República. E sendo historiador da medicina mineira, também sou autor de estudo sobre a criação da Sociedade Brasileira de Cardiologia, pelo mineiro Dante Pazzanese, em 1943. As inconcebíveis atitudes negacionistas desse ministro no enfrentamento da atual pandemia ficarão como triste página da memória da saúde, nacional e mundial.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

 


AINDA MAIS OUTRO APLAUSO AO ATLÉTICO MINEIRO

João Amílcar Salgado

No aplauso ao Atlético, merecem ser lembrados os uruguaios MAZURKIEWICZ e CINCUNEGUI, que jogaram no time, na década de 70 do século passado. O primeiro era goleiro e o segundo lateral e apontados como os melhores do mundo. O argentino Perfumo nessa época jogou no Cruzeiro, também apontado como o melhor zagueiro mundial. Meus filhos, Carlos e João, e meus sobrinhos, se habituaram com a presença dos dois uruguaios  e o argentino nos finais de semana, no clube Umuarama. O clube tinha área enorme, mas a maior parte se transformou em favela.  Lamento até hoje a desativação do Umuarama, injustificável e obscura. Ali reencontrei amigos como Ronaldo Correa, Luiz Eduardo Gonzaga, Raimundo Bastos, Edvar Cota, Aparício Assis e Luiz Carneiro.   Curiosamente, era um ponto único de recreação de desportistas e cientistas, entre estes Eurico Figueiredo, Ângelo Machado, Carlos Diniz, Ênio Cardillo, José de Souza Andrade,  Aloisio Sales Cunha, Aprígio Salgado, Ibraim Heneine, José Malheiros e Romeu Cançado.  Para os menos informados, o goleiro MAZURKIEWICZ é aquele que por um triz não leva incrível gol do Pelé na Copa de 70 (vídeo anexo). Sobre o Perfumo, o caso mais marcante é sua estreia cruzeirense em Salvador, que deixou de acontecer, porque alguém sabotou sua comida no hotel com azeite de dendê.  

https://youtu.be/2B-Rcp7BXlY

 

 

 ESCANDALO PREVENT  SENIOR

DOCUMENTÁRIO DA GLOBO DE  Álvaro Pereira Júnior É LANÇADO HOJE 16/12/21

O jornalista Álvaro Pereira Jr. nasceu em São Paulo, em 1963. Começou a trabalhar na Globo em 1995

https://youtu.be/jPDR4WRMC_g


quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

 

TÚLIO DE OLIVEIRA – ASTRO INTERNACIONAL EM CIÊNCIA

João Amílcar Salgado

 


Virologista e perito em bioinformática, nascido em Brasília. Pesquisador da Africa do Sul e descobridor da variante ômicrom da covide. Diretor do CERI: Center for Epidemic Response & innovation, South Africa. Foi eleito pela revista NATURE um dos 10 tops mundiais em ciência, em 2021.

QUANTOS TALENTOS BRASILEIROS TIVERAM DE SAIR DAQUI PARA BRILHAR NO MUNDO?

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

 


O APLAUSO AO ATLÉTICO MINEIRO CONTINUA

João Amílcar Salgado

               Hà também múltipla relação entre o Galo e Nepomuceno. Na história do clube, médicos sírio-libaneses ocupam lugar especial, já que o ortopedista Neilor Lasmar e seu filho Rodrigo chegaram a médicos da seleção brasileira. Acontece que a família Lasmar está presente em três cidades mineiras, Bambuí, Piumi e Nepomuceno. Em O RISO DOURADO DA VILA (2003) aparecem a dona Dalila Lasmar Mansur, seus filhos e seu irmão Frederico Lasmar, este a quem atribuo a invenção do mito do super-homem, depois aproveitado por Holywood. De Piumi é Jorge Lasmar, meu amigo e colega, historiador da maçonaria. De Bambui é José Elias Lasmar, o Juquita, também outro grande amigo - e colega tanto na medicina como no estudo da doença de Chagas. O Juquita, pai do Neilor e avô do Rodrigo, é também contra-parente de meu tio Aprígio, pois é casado na família Pace.

            Quando me formei, trabalhei com um excelente ortopedista e clínico, o Abdo Arges, cujo auxiliar era o Haroldo Lopes da Costa – um era médico do Galo e outro seu craque-médico. Outro árabe foi presidente do atlético, o Paulo Curi, que tem interessante ligação com a Vila através do Marcly Vilela. Ambos estudavam em Alfenas, o Paulo odontologia e o Marcly farmácia, e eram craques do time da faculdade. O primeiro me disse que meu primo, apelidado ali de Roy Rogers, foi, apesar da menor estatura, o melhor goleiro que conheceu. Paulo é de Campestre, onde foi alfabetizado pela notável educadora Maria José de Pádua Duca, prima de meu pai. Mais um árabe indissociável do Galo é Adelmar Cadar, amicíssimo meu e triplo colega: na medicina, no humor e nas letras. O Abdo e o Paulo foram vítimas de intrigas cruéis, perfidamente injustas.

Por último, mas não o menos importante, vem o Roberto Drummond, ligado à Vila através da carreira de nosso artista Jarbas Juarez. Há a lenda de que seu livro HILDA FURACÃO (1991) surgiu de nossa conversa na barbearia do Gonçalves, sobre o romantismo dos anos dourados. Foi quando mencionei a fofoca anti-esquerdista de que o frei Mateus teria frequentado furtivamente a zona boemia. E o Roberto, como tremendo ficcionista, teria exclamado: vou ligar o frei à Hilda. Minha arriscada proposta era mais que isso: incluir no enredo a hipótese ficcional de que a Hilda era neta ou bisneta do bandoleiro nepomucenense Urias Maia.

            O querido Roberto está ligado para sempre à história do Atlético Mineiro pelo tropo: SE HOUVER UMA CAMISA PRETA E BRANCA PENDURADA NO VARAL DURANTE UMA TEMPESTADE, O ATLETICANO TORCE CONTRA O VENTO. 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

 


MEU APLAUSO AO ATLÉTICO MINEIRO

João Amílcar Salgado

Para registro comemorativo do campeonato nacional de 2021, conquistado pelo ATLÉTICO MINEIRO, lembro figuras do clube que se relacionaram comigo. Logo que cheguei a BH, em 1954, fui ver o empate entre Galo e Vasco no campo atleticano, hoje Diamond Mall.  Certo dia, o time fez baldeação na Vila e entre os curiosos estava eu, um garoto embasbacado com aquelas celebridades.  Encarei prolongadamente as mãos do goleiro Mão-de-Onça, que com elas me ameaçou de brincadeira.  Fui aluno e fraternal amigo do primeiro mais famoso goleiro do Galo, o dermatologista Osvaldo Costa, que tinha o apelido juvenil de Perigoso. Um 3º célebre goleiro foi também meu amigo e teve comigo disputa de causos engraçados - foi o Cafunga.  Um 4º foi meu aluno de medicina, o querido Marcial. João Leite, também goleiro, foi colega de pré-vestibular de meus filhos Carlos e João, este amigo da família Kalil.

            Na época do Perigoso, o Carlos Caiafa Filho, apesar da origem italiana foi atleticano doente, inclusive porque era colega de curso médico do imortal goleador Mário de Castro (nativo de Formiga). Em Campos Gerais, Caiafa foi treinador de um time mirim, cujo craque era Dondinho (pai do Pelé) e que chegou a jogar no mesmo Atlético.  Além do Mário, outro futuro médico que foi craque atleticano, é o Hélio Lopes, meu amicíssimo, cujo irmão Lucas se casou em nossa família Lima. Outro de origem italiana e atleticano fanático foi craque ali, meu colega de turma Márcio Tornelli, que se casou com a dorense Diva. Também médico é o exímio Rato, apelido carinhoso dado pela torcida a meu dileto contemporâneo Hugo Furtado. Mais um médico, o combativo Fábio Fonseca foi insuperável torcedor e dirigente.  Finalmente tive certa convivência com o inimitável Reinaldo, que frequentava o apartamento vizinho do meu. Outra figuraça lendária é o Júlio da Charanga do Galo, que foi frequentador de nosso Centro de Memória, levado a nosso bate-papo pelo Ajax. Deram ao Júlio (Firmino da Rocha) a honra de desembarcar em BH com a taça de 71 (na foto o presidente Nelson Campos, de quem aluguei meu primeiro apartamento).

Finalmente, digo que não cheguei a ser amigo do Dadá Maravilha, mas apoiei o Carlos Drummond, contra os que pretenderam ridicularizá-lo. E o colocamos no pódio não só de gols memoráveis mas de frases geniais, citadas em O RISO DOURADO DA VILA.

sábado, 4 de dezembro de 2021

 



O SÁBIO ABDIAS E A ARTE NEGRA

João Amílcar Salgado

Abdias do Nascimento idealizou o Museu de Arte Negra a ser abraçado pelo Inhotim. Em meu livro NEPOMUCENO – SÍNTESE HISTÓRICA apresento a hipótese de que os negros do Triangulo e do noroeste paulista sejam originários da diáspora sulmineira. Assim, o genial Grande Otelo, o talentosíssimo Alexandre Pires do Nascimento e o maior intelectual negro do Brasil, Abdias do Nascimento, teriam origem comum, a partir de bantos sulmineiros - talvez a mesma do Conego Vítor, da Nhá Chica e de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Os nepomucenenses e os sulmineiros devem visitar a mostra do Museu  no Inhotim, que se inaugura em 4/12/21.