LOR, PAULO PIMENTA E A DESPEDIDA DE
FERNANDO MORAIS AO ZIRALDO
João Amílcar Salgado
Não posso deixar de me referir ao
Ziraldo, depois de ler os comentários do Lor, do Paulo Pimenta e do Fernando de
Morais.
Fui contemporâneo do Ziraldo na UFMG, ele no direito e eu na medicina.
Nessa época os estudantes de direito, medicina, odontologia, farmácia, ciências
econômicas e demais cursos se reuniam no fórum para acompanhar os júris
famosos, principalmente o enfrentamento entre Pedro Aleixo e Pimenta da Veiga
(pai). A oratória estava em moda. Outro
ponto de encontro era o footing da Afonso Pena (Sloper) e da Praça da
Liberdade (inclusive o Cine-Gratis), e as horas dançantes e bailes no Clube
Belo Horizonte e em seguida no recém-inaugurado salão do DCE, na Gonçalves
Dias, graças ao líder José Gaetani. Eu me envolvia com os alunos do Guignard e
os jornalistas do Binômio e do Diário de Minas, segundo relato no livro “O Riso
Dourado da Vila” (2021).
O Ziraldo tinha um irmão Pedro, que era o Tatu na turma do Pererê,
e o irmão Moacir, que era o jabuti - o primeiro dentista e o segundo médico -
estes frequentadores do Centro de Memória da Medicina. A mãe do Ziraldo foi
internada em BH e aproveitamos para programar uma aula dele no curso de
História da Medicina, adiada por motivo de luto pela perda materna.
Colegas do
Ziraldo na arte eram importantes colaboradores do Centro de Memória: Jarbas
Juarez, Eduardo de Paula, Chanina, Konstantin Cristoff, Mirna, Ruy
Paolucci, Razuk, Lisete Meimberg, e Lor.
Outro amigo comum era o Roberto Drummond, outro era o Zé Maria Rabelo.
Na ilustração, Ziraldo no Binômio, onde atuou com Gabeira.