VACINAÇÃO
ANTI-PÓLIO, QUE NEPOMUCENO TEM COM ISSO?
No Brasil a transmissão
da paralisia infantil foi interrompida em 1991. Para essa histórica vitória
houve a contribuição fundamental de um notável médico nepomucenense e infectologista pediátrico de projeção
internacional, Edward Tonelli. Contemplado com os mais altos títulos da UFMG,
da Academia de Medicina e do Rotary, Edward, ao lado de mais dois outros
pediatras mineiros, Archimedes Theodoro e Elmo Perez, fez com que o Brasil
relembrasse a façanha saneadora de Osvaldo Cruz, acontecida noventa anos
antes. A partir da vitória sobre a
varíola em 1980 e sobre a paralisia infantil em 1991, o Brasil passa a ser
considerado exemplo de luta contra infecções por vírus, vanguarda confirmada
com o êxito do programa brasileiro contra a AIDS. Se o país vem fracassando na
assistência médica, nas imunizações tem continuado vitorioso. Isso se deve a
médicos extraordinários como os citados, aos quais podemos reunir José Geraldo
Leite Ribeiro, atual maior autoridade nacional em vacinas. Se lembrarmos que
José Geraldo é de Três Corações,
concluímos que o sul de MINAS entra nesse grupo de quatro seletos especialistas
com a metade deles, um nepomucenense e um tricordiano, sendo este, além disso,
ligado por parentesco aos Ribeiros de Nepomuceno.
Também na história da paralisia infantil no Brasil figura
uma nepomucenense. Trata-se da Mariana Santos, nossa querida Marianinha do Zé
Dingo. Ela sofreu poliomielite,
doença que causou pânico na Vila e trauma à menina de quatro anos, que era
muito bonita. Todas as consequências de sua paralisia ela própria relata no livro TRAJETÓRIAS DE MINHA VIDA (2015), o qual
tem importância tanto como depoimento humano, como parte da história da cidade
e ainda por ser uma página da historia da medicina brasileira. Na década de 40
do século 20 o único tratamento que lhe foi possível foi balneoterapia em São
Lourenço. Ali ela foi orientada pelo especialista Lutero Vargas, filho do então
ditador do Brasil, Getúlio Vargas. O ortopedista Lutero havia regressado da Alemanha onde estudara
especialmente essa doença e disse à família: essa menina é a paciente mais graciosa que já examinei, mas nem eu nem
nenhum médico da Europa pode devolver-lhe os movimentos. A Marianinha continua
linda mulher aos 80 anos, tanto quanto Ana Paula, sua jovem neta.
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EDWARD TONELLI |
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MARIANA SANTOS |
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