SEBASTIÃO
BRAGA - PAI DA PRIMA RILMA
JOÃO AMÍLCAR SALGADO
Conheci de
perto o Sebastião Braga no final de 1954. Eu tinha 16 anos e fui aplaudido de
pé, prolongadamente, pelo cine Capitólio lotado. Era a entrega das medalhas
anuais promovida pelos maristas. Ele me abraçou comovido e disse: se seu
pai estivesse aqui, estaria com a mesma emoção que sinto. A seu lado
estava seu filho Toninho, depois meu colega como pedagogo e historiador. Seus
dois filhos eram externos no colégio e nossa conversa, no intervalo das aulas,
eram coisas da Vila. A Rilma era linda. Seus admiradores diziam que ela era a
Rita Hayworth de Varginha, enquanto o Luizinho era o Marlon Brando
Já o Sebastião,
só recentemente descobri um sósia seu: trata-se do cantor peruano Diego Flores.
Braga era educadíssimo, elegante e conversador. Ficou lendário na Vila quando
chegava para ir ao Limoeiro, onde ia noivar com a encantadora Ica. Ele deixava
na cidade seu belíssimo cavalo Tupi. O corcel ficava vadio e fogoso. Quando o
Tião punha o pé no estribo, o animal já se despachava para a fazenda. O João
Meneiz, meu guru, dizia que o noivo só acabava de montar quando já estava no
destino.
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