SIMONE BILES CATOU RISCO
João
Amílcar Salgado
O caso mais recente e
mais estrondoso de catação-de-risco acaba de ser protagonizado (29/7/21) pela
maravilhosa atleta olímpica Simone Biles. Ela alegou não estar ok.
Com isso, abandonou a prova final de
ginástica por equipes, nas Olimpíadas de
Tóquio. A catação-de-risco foi caracterizada em Nepomuceno em 1946 pelo
farmaceutico João Salgado Filho e pelo dentista Sílvio Veiga Lima, referendada
pelos médicos Décio Lourenção, Alberto Sarquis e Rubem Ribeiro. Foi publicada na
revista CASOS CLÍNICOS EM PSIQUIATRIA, em 2003, a convite do
professor Maurício Viotti. Tal artigo foi transcrito como um dos capítulos da edição do livro de
João Salgado Filho OLHOS NEGROS (2016). A catação-de-risco alcançou o
plano internacional, quando apareceu em tres filmes: MELHOR É IMPOSSÍVEL (1998),
O AVIADOR (2004) E TOC TOC (2017), dirigidos respectivamente por
James Brooks, Matin Scorcese e Vicente Villanueva. No primeiro, o ator é Jack
Niclholson, no segundo é Leonardo diCaprio e no terceiro é um grupo de notáveis
artistas. O termo TOC significa Transtorno Obsessivo-Compulsivo, que
passou a uso comum, a partir da adoçao generalizada, neste século, da
classificação psiquiátrica do DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental
Disorders) dos EUA. Leonardo confessou
que decidiu encarnar o catador-de-risco Howard Hughes, que realmente existiu,
porque ele próprio sempre catou risco. Outras personalidades como o cantor
Roberto Carlos e o inventor Nicola Tesla aparecem na mídia como portadores
desse transtorno. No esporte dois casos antes de Biles foram o do tenista Guga
(2008) e a catação-de-risco coletiva da seleção brasileira na derrota para a
Alemanha por 7 a 1, no Mineirão, em 2014. Ígualmente é atribuível à catação-de-risco
o fracasso de outros favoritos nas competições esportivas mais acirradas.