ÂNGELA MERKEL E AS INUNDAÇÕES NA ALEMANHA
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Merkel declarou o seguinte: "É uma situação surreal e
fantasmagórica. Diria até que o idioma alemão tem dificuldade em encontrar
palavras para descrever a devastação que foi causada".
Comentário do Apolo Lisboa, protetor do nosso Rio das Velhas:
Os administradores mundiais são, em sua maioria economicistas, por
formação nas universidades e força do poder econômico. Assim, priorizam as
questões da gestão econômica e ignoram que a base da Economia é a Ecologia. Quando
tratam a questão ambiental se remetem a uma visão da química do carbono e
outros gases, fugindo da compreensão do condicionamento/determinação exercidos
pelas demandas sociais, das políticas setoriais e da realidade física, quimica,
biológica e todas as interações dos ecossistemas. Assim, não se percebe o clima
e o ciclo hidrológico como questão também humana, não juntam as pontas. Não se
enxerga o desmatamento na base do agronegócio e a crise hidro-ambiental que
envolve a matriz alimentar dos mais de 07 (sete) bilhões de seres humanos, com
foco em proteínas animais e muito desperdício, com demanda por irrigação
tornada insustentável, erosão e perda de solo agrícola, expansão constante da
fronteira agrícola e uso crescente de agrotóxicos e outros.
Assim, o desmatamento generalizado, a terrível monocultura que nega a
essencialidade da biodiversidade no equilíbrio natural, a ocupação humana de
áreas com função ambiental precipta como as áreas úmidas, a canalização de
córregos urbanos após ocupação indevida de suas áreas ciliares com edificações
e ruas que geram repercussões sistêmicas, confundindo cabeças formadas na visão
disjuntiva da disciplinaridade acadêmica, incapaz de perceber a complexidade
dos fenômenos somente apreendidos por meio da transdisciplinaridade. São
acontecimentos que colocam dirigentes de alguns países europeus perplexos e
revelam a falência dos conhecimentos da engenharia civil tradicional e das
decisões políticas que insistem em tratar separadamente questões sistêmicas
absolutamente integradas espacialmente, tematicamente, politicamente,
economicamente, e por aí vai. Em suma: uma questão de metodologia científica e
da construção permanente de uma nova mentalidade na Terra. Precisamos mudar, e
faz séculos!
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