ODIOSO GOLPE CONTRA NOSSA PETROBRÁS
João Amílcar Salgado
Em
plena ditadura, em 1976, estive na Inglaterra, para estudar um sistema único de
saúde para o Brasil, a ser implantado quando houvesse democracia. Suponho ter
sido o primeiro especialista brasileiro com tal iniciativa. Um de meus estudos
foi verificar a convivência entre o livre mercado e as organizações estatais,
como o National Health System (NHS), a pesquisa farmacêutica, o Conselho
Britânico a indústria energética, o ensino, o transporte, os correios, os museus
e a BBC. Fiz observações semelhantes em viagens pela América Ibérica e pelos
EUA.
Antes
disso, acompanhei muito jovem a epopeia da criação da Petrobrás, em 1953,
contra poderosos interesses quer de vendilhões nacionais, quer de espertalhões
internacionais. Participei da luta pela criação da Eletrobrás em 1962, seguida
da inauguração de Furnas em 1963 e Itaipu em 1984. Furnas não seria possível se
persistisse ali a malária. Meu tio Aprígio Abreu Salgado, médico e cientista
nepomucenense, foi um dos heróis ou o principal deles, dessa vitória sanitária.
O entusiasmo desenvolvimentista nos fez lutar pela Siderbrás e pela Farmacobrás.
Meu
pai já havia sido entusiasta da criação da Vale, em 1942, anteposta à Belgo. A
Vale, com a soma do ferro de Minas e de Carajás, chegou a maior do mundo e foi
vendida a preço vil por FHC. Seus felizes compradores são responsáveis pelo
infeliz, monstruoso e imperdoável desastre de Brumadinho. Nos dias de hoje,
criminosos semelhantes pretendem vender não só a Petrobrás como também o Pré-Sal,
tudo junto, pelo mesmo preço vil.
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