O ESCANDALO DA COLEÇÃO DE ARTE
João Amílcar Salgado
O
escândalo da coleção de arte do romeno Jean Boghici é a oportunidade para se
discutir a questão dos mercadores de obras artísticas. Boghici, de morador de
rua, chegou a milionário nesse negócio. Aproveitou muito bem sua incrível
capacidade para se aproximar de intelectuais em evidência, usufruindo de seu
prestígio. Sua valiosíssima coleção foi mal armazenada e com isso artistas de
enorme importância tiveram suas obras destruídas, perdidas ou alienadas a estrangeiros.
Diante disso, repetimos aqui um protesto que jamais causou qualquer incomodo
aos criminosos da arte, muito semelhantes aos criminosos ambientais, quase
sempre acumpliciados a burocratas igualmente vis. O padre Simões de Ouro Preto
(cônego José Feliciano da Costa Simões, pároco do Pilar), meu amigo, deve ser consagrado
como o maior inimigo desses vendilhões. Chegou a ser preso em S. Paulo, quando
se aproximava de um figurão receptador. Importantes autoridades em autenticação
artística, como o notável Márcio Jardim e a brilhante Miriam Ribeiro de
Oliveira, sofreram em suas garras.
[Na
postagem seguinte, leiam nosso protesto]
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