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COP27 TEM A OBRIGAÇÃO DE SER COERENTE COM A GLÓRIA EGÍPCIA
João
Amílcar Salgado
A Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas
(COP27), acontece em Sharm el-Sheikh, no Egito, de 6 a 18/11/22. Por transcorrer
em lugar tão glorioso para a civilização humana, ela se obriga a ter os
melhores resultados de todas as COPs. O contraditório tratamento dado pelo 1º Mundo seja às façanhas faraônicas, seja à África
em geral, está sendo posto à prova nesta Conferência.
Recentemente,
no Cairo, em 3-4-2021, houve o desfile de 22 múmias de 18 faraós e 4 “faraoas”,
transferidas do antigo Museu Egípcio para a inauguração do novo Museu Nacional
da Civilização Egípcia. Isso se dá logo depois da descoberta de uma espécie de
Pompeia egípcia, enterrada sob a areia, com incalculável riqueza de objetos
notavelmente preservados. A cidade é do reinado de Amenotepe 3º (cerca de 1370
aC), estendendo-se a Tutancâmon e Aí, e foi escavada no final de 2020, entre os templos de Ramsés
3º e Amenófis 3º. Dista cerca de 500 km ao sul do Cairo. Ambos os
acontecimentos me oferecem a oportunidade para relembrar algo que publiquei há
20 anos, sobre a medicina faraônica.
Na época,
obtive grande sucesso com textos divulgados pelo periódico do Conselho Federal
de Medicina. O conselho estadual paulista então me convidou para escrever algo
apropriado para a edição de natal de 2002 de seu periódico. Pedi que sugerissem
o tema e me encomendaram uma síntese da medicina faraônica. Achei que ficou um
belo resumo, bastante substancial, com requintada ilustração. Recebi elogios de
toda parte. Aconteceu, entretanto, que um médico lhes enviou um protesto, em
defesa de sua fé, contra o trecho final. Ali declaro que o episódio bíblico no
qual Isaque escapa da morte é uma transposição de escape similar de Obaluaê, na
mitologia africana. Como uma das escravas de Abrão era africana sugiro ser esta
a circunstância da transposição religiosa. O periódico disse que, entre tantos
aplausos, houve apenas essa objeção. Pediu que eu respondesse e me limitei a
sugerir que publicasse o protesto, deixando o julgamento por conta dos
leitores.
A íntegra do
texto faraônico está em http: amircasal.blogspot.com.br.
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