João Amílcar Salgado

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

 


YANOMAMIs & PRESBITERIANOS

João Amílcar Salgado

Em meus livros  “O RISO DOURADO DA VILA” (2020), “NEPOMUCENO – SÍNTESE HISTÓRICA” (2013) e na monografia “OS ALVES VILELA E OS VILELA” (2021), teço altos elogios aos presbiterianos. Grande decepção sofri diante do escândalo do pastor Milton Ribeiro (28/3/22) e agora deparo, na imprensa, com estarrecedora notícia, infinitamente pior. O governo anterior transferiu R$ 872 milhões à Missão Caiuá, uma ONG presbiteriana - para que cuidasse de indígenas.  Com o lema “A serviço do índio para a glória de Deus”, a Missão gastou R$ 52 milhões destinados ao povo Yanomami, só em 2022, alugando aeronaves de garimpeiros   A missão é composta da Igreja Presbiteriana do Brasil, a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil e a Igreja Indígena Presbiteriana no Brasil.  Entre as causas da atual inaceitável tragédia padecida pelos Yanomamis são apontados o abandono deliberado sobretudo das crianças, o garimpo criminoso com intoxicação por mercúrio, o estupro de suas mulheres, a ocupação impiedosa de suas terras, o desmatamento, o incêndio proposital e a corrupção dominante. Diante disso estamos aguardando o posicionamento oficial dos presbiterianos nos EUA, no Brasil e em nossa região.

 

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

 


MANDEMBO, O CAFÉ E O ADAUTO

João Amílcar Salgado

Além de estar na história da medicina pelo primeiro procedimento extracorpóreo brasileiro, o Adauto Barbosa Lima foi pioneiro no café de cerrado e no café irrigado.  A fazenda de sua família chama-se Mandembo. MANDEMBO, TRUMBUCA, MINDURI e GUAXUPÉ são localidades de nossa redondeza, que receberam de nossos indígenas o nome das abelhas nativas predominantes em cada qual. O sul de Minas é conhecido como paraíso do mel silvestre, desde Antonil (1681). Pois bem, o Mandembo ficou conhecido pelo café finíssimo. Mesmo assim, o Adauto quis irrigá-lo e os fazendeiros iam lá ver para crer. Já para o café de cerrado, ele nos procurou. Trouxe técnicos aqui e disseram que o melhor lugar da Vila para a novidade na cafeicultura era nosso cerrado. Ofereceu preço excepcional e, se não quiséssemos vender, deveríamos plantar, que ele assessorava. De fato, deu-nos ótimo produto. Esse nosso planalto foi cobiçado também para base aérea e para rodovia. Fomos procurados pela FAB porque estavam com um projeto para a região. Ficaram de voltar e não voltaram. Já a rodovia passaria por ali rumo a Três Pontas e dali a Boa Esperança. O Aureliano exigiu que passasse por Santana da Vargem e foi então pior, porque atravessou outra de nossa área, no atual trajeto.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023


 


LEMBRANÇAS PERMANENTES DE MEU PRIMO ADAUTO

João Amílcar Salgado

Espero que alguém da família escreva um livro sobre os BARBOSA LIMA. Até lá, me antecipo relatando minha convivência com essa gente querida. Menciono de início a viúva dona Sinhaninha (Ana), nossa vizinha de frente que, quando nasci, a toda hora atravessava a rua para me aconchegar em seu colo. Mais tarde, lá vinha ela com papéis para que eu conferisse números, justificando: “tenho absoluta confiança na aritmética desse menino”. Tão rica! e nunca me pagou pela contabilidade... Mais tarde, me chamava para fazer-lhe um exame clÍnico e dizia o mesmo de minha medicina. Quando estudei os Vilelas conclui que ela era uma Vilela autêntica e brilhante. Como pioneira empresária feminina, foi êmula da Sinhá Junqueira. Todos os Vilela-Barbosa são raça inteligentíssima. Seu filho José também me fazia de consultor em mercado de grãos e gado. Já o Vavico foi meu padrinho e guru. Se tivesse curso superior, seria sumidade acadêmica, simplesmente enciclopédico. Deixou seu jipe 54 para mim, mas o Renato disse que precisava dele.  E as filhas Chiquita, Tiana e Odete eram como irmãs de minha mãe, aliás primas pelo Lima e pelo Vilela. O Odilon, por sua vez, era sósia físico e psíquico do tio Lela.

A primeira lembrança que tenho do Adauto foi em 1946, quando ele, seu primo Oscarsinho (Resende Negrão de Lima), meu tio Aprígio e o Alberto Sarquis se reuniram em nossa farmácia para planejar a formatura dos quatro, naquele ano. Outra lembrança foi quando o jovem médico montou seu cavalo de raça em nossa porta. O cavalo, que estava vadio, empinou e o Zé Piraquara o sofreou pela barbela. Mais uma: ele chegou num carrão luxuoso e os frequentadores da farmácia ficaram estatelados de ver que, no banco de trás, vinha um bezerro chiquésimo, presente de riquíssimo fazendeiro, grato pelo atendimento da filha. Certo dia, no colégio marista varginhense, fui chamado do internato para requintado almoço com meu tio, a dona Sinhaninha e o Adauto, este chegado de Nova Iorque. Quando fundamos o jornal O ELO, ele nos fez derramado elogio e prometeu colocar tudo num texto, que não nos chegou. Em um aniversário em BH, o Sebastião Sampaio, catedrático da USP, disse que estava encantado com minha prosa, mais ainda porque meu modo de falar era idêntico ao de grande amigo dele. Eu disse que não precisava dizer quem era, “seu amigo é o Adauto Barbosa e a semelhança vem de que somos primos”. Ele então me deu um caloroso abraço. Outro colega dessa mesma turma de 46 estava na diretoria da faculdade da UFMG, apaniguado da ditadura - era o Tancredo Furtado. No Clube Pinheiros, em São Paulo, ele  bate papo com o Adauto e o Oscarzinho, dizendo-se angustiado com a pressão do general Campello para que neutralizasse os subversivos locais. Afirmou que um estudo pela técnica Delphi revelara que os mais ameaçadores cérebros da UFMG eram da medicina: Angelo Machado, Marcos Mares Guia e João Amílcar. Seu problema era que os dois primeiros foram para o ICB e o último ficou na faculdade, mas era o mais terrível. Os primos Adauto e Oscar danaram a rir: “Tancredo, deixe de ser bobo, fique tranquilo, o João é nosso primo, não tem nada de perigoso, muito pelo contrário!...”

 

sábado, 21 de janeiro de 2023

 


A USP GLORIOSA, CULPADA E VÍTIMA

João Amílcar Salgado

Um escândalo de festa-de-formatura sacode a USP. Tenho assinalado que esta magnífica instituição exibe participação gloriosa, mas também lamentável, diante do extremismo conservador. Por exemplo, se a Faculdade de Direito tem bela trajetória em favor da liberdade e da democracia, o legista falsário Harry Shibata, adulterador da causa da morte de assassinados pela ditadura, recebia ordens de docentes da cúpula da Faculdade de Medicina, os mesmos que apoiaram a cassação de colegas pelo AI5. Mesmo assim, a universidade é majoritariamente respeitável, sobretudo pela Carta aos Brasileiros, de 1977, lida por Goffredo da Silva Telles Junior, no território livre do Largo de São Francisco. Nela, ele denunciava a ditadura vigente e exigia o estado de direito, além da Assembleia Constituinte - conclamação renovada recentemente contra reiteradas ameaças antidemocráticas.

Demais, esta grande universidade, patrimônio de todos nós, tem sido vítima de estelionatários, como a estudante de medicina Alícia Veiga. Outro, é Hélio Angotti Neto, um oftalmologista olavista, que tem a desfaçatez de propor uma bioética derivada do terraplanismo - e vem explorando duvidosa ligação com a USP. Com tal bagagem, foi guindado, no Ministério da Saúde, a Diretor do Departamento de Gestão da Educação na Saúde e, pior, promovido a Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos. Pergunto: como o olavismo terraplanista poderia contribuir para a ciência, a tecnologia, a pedagogia e os insumos estratégicos na saúde, exceto se for para agigantar ainda mais a tragédia pandêmica?  Outra pergunta, qual foi a banca examinadora que lhe concedeu o doutorado? Curiosamente, tais cargos foram cogitados para premiar Carlos Roberto Martins, que às vezes usa também o nome de Carlos Wizard, seu colega no gabinete ministerial paralelo, criado para negar a vacina e traficar terapia criminosa. Os escândalos de tal gabinete e da Prevent-Senior são a ponta do iceberg responsável por espantosa parte das 700 mil vidas perdidas.  Mais espantoso e inaceitavelmente vergonhoso é o comportamento da corporação médica, composta de incontáveis angottis, ostensivos ou enrustidos.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

 



LEGADOS DEFINITIVOS DO FREI CHICO

João Amílcar Salgado

SÃO 5:

1.     CONQUISTOU INÚMEROS ADMIRADORES, COMO ATIVISTA E PESQUISADOR SOCIAL, BEM ASSIM PELO TALENTO ARTÍSTICO E PELO CARISMA DE SUA SIMPLICIDADE

2.     SUA OBRA-PRIMA É O “DICIONÁRIO DA RELIGIOSIDADE POPULAR”, DE 2013. QUANDO A REDIGIA PASSOU A CONSULTOR NO TEMA PARA A MEMÓRIA DA MEDICINA, AO LADO DE CONSULTORES PARA CADA OUTRA RELIGIÃO

3.      SUA PRECIOSA OBRA MUSICAL CONTÉM PRODUÇÕES DE SUA AUTORIA E COLIGIDAS. EIS 4 EXEMPLOS DOS TANGARÁS DE S. ISABEL:

https://youtu.be/ErG5773B6bQ

https://youtu.be/oHoOKewxEIg

https://youtu.be/gMi31dFEyUc

https://youtu.be/wUcYw33wG_8

 

4.      COMO CAPELÃO DA COLONIA S. ISABEL, FEZ CONTRIBUIÇÃO FUNDAMENTAL NO CASO DA CANÇÃO “SAUDADE DO MATÃO”, POIS TEVE O PRIVILÉGIO DE ANOTAR O FINAL DA VIDA DE JOSÉ CARLOS DA PIEDADE, O VERDADEIRO AUTOR MINEIRO DESSA POPULARÍSSIMA EXPRESSÃO MUSICAL BRASILEIRA. A LETRA REFERE O DRAMA DE UM HANSENIANO

https://youtu.be/j93RvNwh5vQ

 

 

5.     AO SE LIGAR AO CENTRO DE MEMÓRIA DA MEDICINA DE MINAS GERAIS, FICOU IMENSAMENTE FELIZ DE SABER QUE VEIO A SER O  NEXO UMBILICAL  ENTRE HERMAN BOERHAAVE E OS ESTUDIOSOS MINEIROS DA REVOLUÇÃO BOERHAAVIANA, NA CLÍNICA E NA CIÊNCIA. O AFORISMO DO SÁBIO DE QUE   Simplex sigillum veri, A SIMPLICIDADE É O SEGREDO DA VERDADE, CARACTERIZA TAMBÉM ESTE NOSSO FRANCISCANO. A CONTRIBUIÇÃO DE BOERHAAVE FOI REALIZADA EM LEIDEN, HOLANA, EXATAMENTE A CIDADE NATAL DO FREI CHICO.  

 

 

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

 


DA IRA À FÚRIA

João Amílcar Salgado

Depois principalmente do ataque às Torres Gêmeas, EUA, em 11/9/2001, os estudos de psiquiatria coletiva incluem a busca da prevenção e da neutralização de iniciativas terroristas, sobretudo suicidas, surgidas entre grupos de fanáticos ou do chamado lobo solitário. A urgência para tais métodos se agigantou depois daquele ano, decorrente da rede planetária de comunicação via internete.

A atenção maior então se volta para fatores que ativem e agucem  a ira terrorista, fazendo-a passar de ira a fúria. Por exemplo, o remorso grupal pela inocultavel desigualdade social, pode ser fator de apelo ao terror. Se essa desigualdade for mostrada com contundência, então a ira e a fúria se manifestam, sempre sob pretextos esfarrapados. 

Diante disso, o impacto da comovente cena da transmissão da faixa presidencial se revelou insuportável para aqueles em situação de ira e fúria iminentes. A resposta aos consequentes vandalismo e terrorismo pode ser tão insuportável ou mais: a posse da índia Sônia Guajajara no ministério dos POVOS INDÍGENAS, a posse da Anielle Franco, irmã da assassinada Marielle, no ministério da IGUALDADE RACIAL e a promulgação da lei que acaba com a espúria distinção entre injúria racial e racismo. Ainda mais que a Sônia tomou posse cantando o hino nacional no idioma ticuna.

sábado, 7 de janeiro de 2023

 


JARBAS JUAREZ E A FAIXA PRESIDENCIAL

João Amílcar Salgado

O Betinho (Herbert José de Souza), nos anos dourados, foi meu contemporâneo no afamado Colégio Estadual (inclusive os ilustres Sepúlveda Pertence, José Guilherme Vilela, Guido Almeida, José Anchieta Correa, Acácio Rocha Filho, Paulo Lobo, Ernesto Lentz, Marie Louise Stein e Sérgio Vasconcelos) e também na UFMG. Fiz parte da liderança que o lançou candidato de conciliação à UNE (vetado pela UIE). Defendo a tese de que se tivesse presidido a UNE teria obstado o golpe de 64. Nessa época queríamos o prêmio Nobel da Paz para Josué de Castro, pelos livros GEOGRAFIA DA FOME (1946) e GEOPOLÍTICA DA FOME (1951), bíblias da FAO, antecessor brasileiro e internacional do Betinho.

Já em 1979, estávamos sob o manto sombrio da ditadura. O Betinho deixou de ser o irmão do Henfil, que talvez tivesse morrido no exílio, conforme a canção O BÊBADO E A EQUILIBRISTA de Aldir Blanc e João Bosco, hino da Anistia. É que, felizmente, ele estava vivo de volta entre nós, para cumprir grave missão: denunciar a fome e tentar zerá-la. Tal missão culmina, em 1993, com duas de suas expressões: “FOME ZERO” e “QUEM TEM FOME TEM PRESSA”. Em 79, comentávamos isso tudo no Centro da Memória da Medicina, quando o Jarbas Juarez começou a rabiscar um desenho, que depois virou uma escultura armada na Praça 7. Apareceram ali agentes da ditadura e avisaram aos populares que aquela coisa era subversiva. A seguir, desmontaram a obra-de-arte a pontapés. O genial autor (por sinal, descobridor do Henfil cartunista) nos chegou desolado. Pedi para recompor sua criação no saguão da Faculdade de Medicina. Os paus-mandados não ousaram repetir a agressão, naquele território de liberdade. O Betinho foi, desta vez, por nós indicado ao Nobel da paz, quando o Brasil, enfim em 2014, saiu do mapa mundial da fome, ao qual voltou em 2022. Sua premiação nobel foi, no início, possivelmente inviabilizada por sua influencia na formulação da Teologia da Libertação. Além disso fomos advertidos de que o Nobel só premia vivos, daí clamamos para que inaugurassem o póstumo.

A escultura era uma réplica da ÚLTIMA CEIA de da-Vinci (1498, dois anos antes da chegada de Cabral), só que os apóstolos foram substituídos por esquálidas vítimas da fome. No dia 1/1/23, ao ver aqueles que colocaram a faixa no novo presidente, tive os olhos umedecidos pela extraordinária semelhança com a fabulação profética do talentosíssimo nepomucenense adotivo.

Lula recebe faixa presidencial de membros da sociedade civil e discursa  para público: 'Um dos dias mais felizes da minha vida' | Jovem Pan

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

 


ESPORTISTA MÁRCIO FREIRE MORRE EM 5/1/23

João Amílcar Salgado

Em aditamento à mensagem precedente, intitulada O ESPORTE MATA, lamento informar que faleceu hoje, 5/1/23, o surfista brasileiro Márcio Freire. Tinha 47 anos de idade e se acidentou na descida de uma onda gigante em Nazaré, litoral de Portugal.

 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

 


O ESPORTE MATA

João Amílcar Salgado

Em 3/1/23, Damar Hamlin,  atleta de 24 anos do time de futebol americano de Cincinnati, EUA, foi ressuscitado ainda dentro de campo após parada cardíaca, causada por violento trauma no tórax. Esta modalidade esportiva é tão violenta que os jogadores entram em campo como astronautas. O médico mineiro José Rois é autor de O ESPORTE MATA (2004), livro que causou impacto numa época em que as indústrias do exercício físico e do esporte passaram a dominar a mídia. Coincidiu que exatamente nesta ocasião morreu um jogador de nosso futebol, em cenas fortes flagradas pela televisão. 

 Grande audiência tinha um canal de tevê só de esporte. Fui indicado, como professor universitário, para ser entrevistado sobre as ideias do Rois, então membro de nossa equipe de historiadores médicos. Minha entrevista foi resumida e evidentemente editada no interesse da emissora.  Ali, eu disse que o alerta de Róis contrariava os interesses de milhões de dólares investidos na crescente indústria esportiva, mas, em compensação, a morte real daquele jogador e de outros passaria a dar lucros aos fabricantes de desfibriladores e outros equipamentos de socorro. Foi aí que o Jô Soares convidou o Rois para seu programa. E então meu grande amigo deu um show. Vejam pelo youtube:  https://www.youtube.com/watch?v=fUZDmtSwcc4.

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

 


PELÉ, O SANTOS E O TONINHO

João Amílcar Salgado

Meu eterno motorista, o inesquecível Toninho Batista (mais conhecido como Toninho da Ambulância, Toninho Santista ou Toninho Cavalo), entre ontem e hoje teria atravessado a madrugada no velório do Pelé. Apesar do apelido futebolista de Cavalo, foi um craque na Trumbuca, em Nepomuceno e em São Paulo. Ali era queridíssimo entre dirigentes e colegas do banco onde era funcionário, indispensável no time respectivo. Fanático torcedor do Santos, era conhecido no estádio santista como figura habitual, às vezes semanal. Foi habilidoso treinador de futuros craques.  Na foto, ex- alunos do CDCA treinados pelo Toninho: Baiano, João Paulo, Vaguinho, Carlão, Leite, Zé, Adriano, Pimenta e Toninho; agachados: Coreo, Randinho, PC, Cassinho, Romeu e Leo.