A FAZENDA DA LAGOA
E SUA VERDADEIRA HISTÓRIA
João Amílcar Salgado
O
casarão da Fazenda da Lagoa deve ter sido construído entre o final do século 18
e o início do 19, pelo capitão Manoel Joaquim da Costa Vale, meu tetravô. O
casarão era chamado de Sobradinho e a fazenda era enorme, maior ainda se somada
às suas fazendas do Sapé Grande, do Ribeirão São João e às vastas propriedades
do genro Antônio José de Lima, o Casaquinha. O capitão possuía diversas outras
fazendas, não só em cidades vizinhas, mas no Triangulo Mineiro e no noroeste
paulista, além de outras barganhadas ou transferidas a diversos parentes.
Parece também que ocultava arrobas de ouro sob o morro situado na margem oposta
da lagoa, de modo a ser vigiado das janelas. A demolição do casarão e da sede
da fazenda da Santa Cruz, erguida em 1823 pelo Casaquinha, é lamentada por
todos os estudiosos da história da Vila. Na ilustração vê-se a majestosa casa retratada
pela talentosa artista nepomucenense Alicemara Silva, em 1989, com o acréscimo
imaginário da lagoa.
O
casarão foi vendido a vários donos e foi até escola (nela foi alfabetizado o
Didi do Restaurante). Os sucessivos proprietários, por desconhecerem sua
verdadeira história, geralmente consideram o casarão como tendo pertencido,
desde o início, a seu respectivo ramo familiar.
A Fazenda da Lagoa consta de meus livros NEPOMUCENO – SÍNTESE
HISTÓRICA (2013), O RISO DOURADO DA VILA (2020), do livro do Lomez
sobre a ferrovia de Três Pontas, do livro do Arthur Campos sobre a família
Ribeiro de Oliveira Costa, da publicação de Firmino Costa sobre a família Costa
Vale e das publicações do Projeto Compartilhar na internete. Breve será
publicado o livro das irmãs Evangelina e Licínia Alves Vilela sobre sua família,
que inclui os trisavós Manoel Joaquim e Casaquinha. Uma lista de descendentes e
admiradores de Manoel Joaquim Costa está sendo elaborada, com o objetivo de
conseguir a restauração integral do casarão, inclusive da própria lagoa. Muitas
adesões são esperadas.