João Amílcar Salgado

segunda-feira, 11 de março de 2024

 

CONTRA LESAR A SERRA DO CURRAL E AS ÁRVORES DA UFMG! - OS CRIMES SÃO IGUALMENTE MONSTRUOSOS

João Amílcar S


algado


           
Quando protestei contra a mineração na serra do curral, os amigos se espantaram com os dados históricos que citei. Hoje cito os dados das árvores da UFMG. No início de 1960, JK pronunciou a aula inaugural daquele ano, inaugurando o novo auditório da Faculdade de Medicina onde se diplomou. Era para inaugurar o prédio, mas os gastos com Brasília não permitiram. E não era para demolir o prédio anterior. Nessa aula, JK assinou, ao lado do futuro prefeito Jorge Carone Filho e do governador Francisco Bias Fortes, a permissão para construir o complexo do Mineirão no terreno da universidade. E o complexo deveria ter sido construído onde hoje é o Bh-Shoping, conforme proposto pelo notável dirigente esportivo Francisco Cortes. O fato consumado levou o inesquecível agrônomo, botânico e ecologista Camilo Fonseca Filho a plantar o máximo de árvores escolhidas, no campus, antes que novos nacos da área-verde fossem abocanhados. De medo que protestasse, o levaram para plantar a grama do estádio. Mesmo assim o campus prosseguiu sendo comido pelas beiradas, ao longo do tempo. De início, a avenida Antônio Carlos não poderia, como aconteceu, cortar a dita área, mas passar pelo entorno do aeroporto. Com isso a universidade perdeu sua área do outro lado da avenida. E vieram o colégio militar, o corpo de bombeiro, o prédio da Usiminas, a avenida Carlos Luz, loteamentos, mansões, colégio, clube de funcionários, supermercado e invasões. Muito me orgulha ter, ao lado de João Batista Peret, Carlo Fatini e Tarcício Ribeiro Campos, convencido o reitor Cid Veloso de ser feroz contra a tentativa de invasão e loteamento do outro lado da Carlos Luz. Hoje a ganância continua triunfando. E as árvores e a universidade estão praticamente indefesas.

            Vale acrescentar que antes o reitor Marcelo Coelho discutiu comigo um possível complexo hospitalar complementar ao Hospital das Clínicas, onde hoje é a Usiminas, descartado porque docentes cobiçaram que fosse semi-privado. Foi reincluído no esboço da proposta eleitoral de Veloso, novamente descartado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário