LEGENDA DE UM
NEPOMUCENENSE DIANTE DE UM CÓDIGO SECRETO
Em 1963, eu estava na
biblioteca da faculdade, fazendo uma revisão bibliográfica sobre a doença de
Chagas, quando topei com a notícia, meio escondida, de que um cientista
soviético Yuri Knorozov completou a decifração da escrita maia, na monografia THE
WRITING OF THE MAYA INDIANS (nome vertido ao inglês). Esta era mais
uma surpresa da ciência soviética, seis anos depois que lançou o primeiro
satélite, o Sputnik, em 1957. O
presidente Kennedy estava em pânico com o satélite e é provável que tenha sido
informado da referida decifração, antes de ser assassinado, ainda em 1963. Mesmo antes de sua posse em 1961, ele
providenciava derrotar a produção científica inimiga e lhe indicaram um
psicólogo educacional que poderia ajudá-lo. Trata-se de John Flanagan que, em 1954, inventou a técnica
do incidente crítico para identificar potenciais inventores ou
descobridores. Daí, em 1961 começou a ser posto em prática o PROJETO TALENTO,
que contribuiu para as conquistas espaciais e outras dos EUA. O Brasil tentou
imitar a iniciativa com o IDEB e o ENEM. Na década de 70, procuramos aplicar
esse projeto, junto com a técnica Delphi, a nossas pesquisas pedagógicas.
Meu interesse nas escritas
antigas começou quando, ainda no vestibular, estudei a descoberta, em1801, de
que a luz era uma onda, pelo pioneiro
oftalmologista Thomas Young. Fiquei impressionado com sua genialidade e seu
espírito inquieto. Se não fosse tão dispersivo, teria decifrado os hieróglifos
antes de Champollion. Homens que eram excepcionais poliglotas descifraram as
escritas antigas: Jean-François Champollion em 1820 – a escrita faraônica,
Henry Rawlinson em 1836 – a escrita cuneiforme e Yuri Knorozov em 1963 – a
escrita maia. Nós, que nos interessamos por escritas antigas, podemos´querer
saber sobre códigos secretos, mas, antes de chegarmos aos cibersecretos, podemos
ler, por exemplo, A HISTÓRIA DA QUEBRA DOS CÓDIGOS SECRETOS (2017) de Al
Cimino.
De outra feita, fiquei diante
de um desafio concreto, pois, em Diamantina, me entregaram sigilosamente um
documento, encontrado junto a um baú repleto de ouro, diamante, outras gemas e
moedas. O tesouro foi achado num barranco cavado para muro-de-arrimo. O
documento parecia escrito em hebraico,
aramaico, siríaco ou árabe, mas não era. Em Portugal achei um livreto com a
escrita secreta dos templários e era a do documento. Não consegui traduzir e restituí
o documento, junto com o livreto, ao dono do baú. Dois anos depois, volto para
saber o desfecho, mas o dono havia falecido. Perguntei pelo livro inédito que
escrevera e este desapareceu com o tal documento e principalmente com o baú, nos
dias em que o dono estava ausente, internado com doença terminal em Belo
Horizonte.
[Aguardem
o lançamento da 2ª edição ampliada de O RISO DOURADO DA VILA]
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