João Amílcar Salgado

sábado, 13 de março de 2021

 


LEGENDA DE UM NEPOMUCENENSE DIANTE DE UM CÓDIGO SECRETO

Em 1963, eu estava na biblioteca da faculdade, fazendo uma revisão bibliográfica sobre a doença de Chagas, quando topei com a notícia, meio escondida, de que um cientista soviético Yuri Knorozov completou a decifração da escrita maia, na monografia THE WRITING OF THE MAYA INDIANS (nome vertido ao inglês). Esta era mais uma surpresa da ciência soviética, seis anos depois que lançou o primeiro satélite, o Sputnik, em 1957. O presidente Kennedy estava em pânico com o satélite e é provável que tenha sido informado da referida decifração, antes de ser assassinado, ainda em 1963.  Mesmo antes de sua posse em 1961, ele providenciava derrotar a produção científica inimiga e lhe indicaram um psicólogo educacional que poderia ajudá-lo. Trata-se de John  Flanagan que, em 1954, inventou a técnica do incidente crítico para identificar potenciais inventores ou descobridores. Daí, em 1961 começou a ser posto em prática o PROJETO TALENTO, que contribuiu para as conquistas espaciais e outras dos EUA. O Brasil tentou imitar a iniciativa com o IDEB e o ENEM. Na década de 70, procuramos aplicar esse projeto, junto com a técnica Delphi, a nossas pesquisas pedagógicas.

Meu interesse nas escritas antigas começou quando, ainda no vestibular, estudei a descoberta, em1801, de que a luz era uma onda, pelo pioneiro oftalmologista Thomas Young. Fiquei impressionado com sua genialidade e seu espírito inquieto. Se não fosse tão dispersivo, teria decifrado os hieróglifos antes de Champollion. Homens que eram excepcionais poliglotas descifraram as escritas antigas: Jean-François Champollion em 1820 – a escrita faraônica, Henry Rawlinson em 1836 – a escrita cuneiforme e Yuri Knorozov em 1963 – a escrita maia. Nós, que nos interessamos por escritas antigas, podemos´querer saber sobre códigos secretos, mas, antes de chegarmos aos cibersecretos, podemos ler, por exemplo, A HISTÓRIA DA QUEBRA DOS CÓDIGOS SECRETOS (2017) de Al Cimino.

De outra feita, fiquei diante de um desafio concreto, pois, em Diamantina, me entregaram sigilosamente um documento, encontrado junto a um baú repleto de ouro, diamante, outras gemas e moedas. O tesouro foi achado num barranco cavado para muro-de-arrimo. O documento  parecia escrito em hebraico, aramaico, siríaco ou árabe, mas não era. Em Portugal achei um livreto com a escrita secreta dos templários e era a do documento. Não consegui traduzir e restituí o documento, junto com o livreto, ao dono do baú. Dois anos depois, volto para saber o desfecho, mas o dono havia falecido. Perguntei pelo livro inédito que escrevera e este desapareceu com o tal documento e principalmente com o baú, nos dias em que o dono estava ausente, internado com doença terminal em Belo Horizonte.

[Aguardem o lançamento da 2ª edição ampliada de O RISO DOURADO DA VILA]

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