OS
4 MANOEIS DE ABREU
JOÃO AMÍLCAR SALGADO
Dos 4, o mais engraçado era o Nelico.
Ele gostava muito de meu pai, mais ainda depois que este lhe disse que eram
parentes pelo lado Abreu. E mais ainda depois que meu pai o colocou entre 4
Manoeis de Abreu famosos. Ele ficou surpreso: Por que sou famoso? - Por quatro razões: é humorista popular, é
sósia do José Maria Alkmin, é nome de praça na Vila e é inventor! - O que é que inventei? – Esqueceu que
inventou um galo que toca trombone! – Eu tinha esquecido, é verdade...
O segundo
é o Nequinha da Vargem, famoso como galã na juventude e elegante pela vida
toda, além de ilustre educador e dono de uma das melhores prosas da
região. O terceiro é o notável clínico e
escritor Dr. Campanário, diplomado em 1931 pela Ufmg, colega de turma, entre
outros, do nepomucenense Sócrates Veiga Costa, do trespontano Sebastião
Mesquita e do lavrense Abdon Hermeto Pádua Costa. Manoel de Abreu Campanário ficou
conhecido pelo livro A MEDICINA DO INTERIOR (1936), pelo qual foi
acusado de se passar pelo inventor da abreugrafia. O inventor é o quarto Manoel
de Abreu, paulista, ao lado de 3 mineiros. Foi injustiçado pela medicina do
primeiro mundo, por deixarem de usar o termo abreugrafia, preferindo roentgenfotografia.
ao mesmo tempo, seu xará memorialista foi injustiçado
pela imprensa paulistana, acusado de identidade falsa. Quando o mineiro provou que nascera antes do
suposto fraudado, este não apenas se esforçou para sanar a injustiça, mas se
tornou amigo pessoal do suposto fraudador.
[APERITIVO DO LANÇAMENTO DA 2ª EDIÇÃO DO LIVRO O RISO
DOURADO DA VILA]
Nenhum comentário:
Postar um comentário