JOSÉ MARIA RABELO
FAZ LEMBRAR JOSÉ NILO TAVARES
João Amílcar
Salgado
Recebi este comentário: "Bela
homenagem, João! Lembro-me de que, aos 15 anos, recém-chegado (de São Gotardo)
a BH, lia o BINÔMIO (pelo menos a primeira página, pendurado em bancas de
revista, porque não tinha um tostão no bolso). Era dirigido pelo José Maria
Rabelo e por Euro Arantes. O Zé Maria tornou-se meu herói, ao trocar socos e
tapas com um tal de General Punaro Bley. Outro dia fiquei pensando por que os
bons morrem muito mais que os canalhas. É que estes já estão mortos por dentro.
São, como diz o poeta, "cadáveres ambulantes que procriam". Um vasto
abraço do Antônio Sérgio."
CARO ANTONIO, O AUTOR DA REPORTAGEM
SOBRE PUNARO BLEY FOI MEU CONTEMPORANEO NO COLEGIO MARISTA EM VARGINHA: O JOSE
NILO TAVARES – UM LÍDER MUITO PARECIDO COM O BETINHO. ELE FOI ESCALADO PARA
DOCUMENTAR NAS PÁGINAS DO BINOMIO O PASSADO NAZISTA DE BLEY. ESTE SAIU DO
QUARTEL COM O BINOMIO NA MÃO PARA OBRIGAR O ZÉ NILO A ENGOLIR A EDIÇÃO INTEIRA.
SUPUNHA QUE ERA DESSSES JORNALISTAS FRANZINOS E É RECEBIDO PELO GRANDÃO ZÉ
MARIA, QUE DISSE AO GENERAL SER O RESPONSÁVEL POR TUDO O QUE ESTAVA ALI
ESCRITO. ENTÃO O MILITAR VEIO COM A PAPELADA NA DIREÇÃO DA BOCA DO MEU PRIMO E
ESTE ACABOU DANDO UMA SURRA NO AGRESSOR. QUANDO SEUS OFICIAIS O ENCONTRARAM TÃO
AMARROTADO, INVADIRAM O EDIFÍCIO E JOGARAM TUDO QUE HAVIA NA REDAÇÃO DA JANELA
LÁ EM BAIXO. O ZÉ MARIA JÁ TINHA LEVADO O ARQUIVO DO JORNAL PARA UM ESCONDERIJO
EM CAMPOS GERAIS.Na abertura democrática, o Carlo Fatini e eu reintegramos o
varginhense Zé Nilo à UFMG. Ele e eu escreveríamos um livro sobre o
nacionalista Artur Bernardes, quando ele cedo faleceu. Felizmente saiu uma
coletânea em sua memória
Nenhum comentário:
Postar um comentário