João Amílcar Salgado

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

 


JOSÉ MARIA RABELO FAZ LEMBRAR JOSÉ NILO TAVARES

João Amílcar Salgado

Recebi este comentário: "Bela homenagem, João! Lembro-me de que, aos 15 anos, recém-chegado (de São Gotardo) a BH, lia o BINÔMIO (pelo menos a primeira página, pendurado em bancas de revista, porque não tinha um tostão no bolso). Era dirigido pelo José Maria Rabelo e por Euro Arantes. O Zé Maria tornou-se meu herói, ao trocar socos e tapas com um tal de General Punaro Bley. Outro dia fiquei pensando por que os bons morrem muito mais que os canalhas. É que estes já estão mortos por dentro. São, como diz o poeta, "cadáveres ambulantes que procriam". Um vasto abraço do Antônio Sérgio."

CARO ANTONIO, O AUTOR DA REPORTAGEM SOBRE PUNARO BLEY FOI MEU CONTEMPORANEO NO COLEGIO MARISTA EM VARGINHA: O JOSE NILO TAVARES – UM LÍDER MUITO PARECIDO COM O BETINHO. ELE FOI ESCALADO PARA DOCUMENTAR NAS PÁGINAS DO BINOMIO O PASSADO NAZISTA DE BLEY. ESTE SAIU DO QUARTEL COM O BINOMIO NA MÃO PARA OBRIGAR O ZÉ NILO A ENGOLIR A EDIÇÃO INTEIRA. SUPUNHA QUE ERA DESSSES JORNALISTAS FRANZINOS E É RECEBIDO PELO GRANDÃO ZÉ MARIA, QUE DISSE AO GENERAL SER O RESPONSÁVEL POR TUDO O QUE ESTAVA ALI ESCRITO. ENTÃO O MILITAR VEIO COM A PAPELADA NA DIREÇÃO DA BOCA DO MEU PRIMO E ESTE ACABOU DANDO UMA SURRA NO AGRESSOR. QUANDO SEUS OFICIAIS O ENCONTRARAM TÃO AMARROTADO, INVADIRAM O EDIFÍCIO E JOGARAM TUDO QUE HAVIA NA REDAÇÃO DA JANELA LÁ EM BAIXO. O ZÉ MARIA JÁ TINHA LEVADO O ARQUIVO DO JORNAL PARA UM ESCONDERIJO EM CAMPOS GERAIS.Na abertura democrática, o Carlo Fatini e eu reintegramos o varginhense Zé Nilo à UFMG. Ele e eu escreveríamos um livro sobre o nacionalista Artur Bernardes, quando ele cedo faleceu. Felizmente saiu uma coletânea em sua memória

Nenhum comentário:

Postar um comentário