João Amílcar Salgado

sexta-feira, 7 de junho de 2024

 


APLAUSO A CARMEN E CLÁUDIA

João Amílcar Salgado

A mineira ministra Carmen Lúcia Antunes Rocha tomou posse como presidenta do Supremo Tribunal Eleitoral. Coincide que outra mulher, Cláudia Sheinbaum, de ideias e carreira similares, acaba de ser eleita a primeira presidenta do México, sendo que este país e o Brasil são as duas maiores nações da América Ibérica. Ambas estão diante de desafios nada tranquilizadores. O maior deles é a avassaladora expansão da comunicação coletiva, pervasiva em tudo, principalmente depois do reforço da inteligência artificial, cujos limites técnicos e éticos são desconhecidos. Como principais armas, as recém-eleitas prometem a denúncia também inteligente e o combate implacável contra a falsidade. A mendacidade dissimulada e o discurso de ódio estão a serviço dos piores interesses – e serão cada vez mais ferozes se o Brasil se aproximar do 7º PIB mundial.  Para isso será necessária criatividade infinita.

            Carnen Lúcia foi minha contemporânea na pós-graduação da UFMG, exatamente quando um grupo brilhante de docentes do direito buscava implantar sólido e respeitadíssimo direcionamento na área. Os Antunes lusos e brasileiros são figuras de projeção em muitas vertentes do saber e das artes. Sou ligado a eles desde a infância, pela amizade ao genial artista Jarbas Juarez Antunes, documentada em meu livro O RISO DOURADO DA VILA (2020). Inesquecíveis são seu tio Eurico César, fino humorista, e seu irmão Joaquim (Bembém), pioneiro documentarista ecológico.  Outro seu irmão, Júlio Bolivar, meu colega no ginásio, se casou com minha irmã Maria e me deu queridíssimos sobrinhos e sobrinhos-netos. Na medicina, dois fraternos amigos: o prefeito de Diamantina, João Antunes, colega de turma dos nepomucenenses Adauto, Alberto, Aprígio e Oscarzinho, que muito me ajudou na pesquisa da doença de Chagas, e meu próprio colega de turma Armando Gil, prodigioso discípulo de Baeta Viana.

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