APLAUSO A CARMEN E CLÁUDIA
João Amílcar Salgado
A mineira ministra Carmen Lúcia
Antunes Rocha tomou posse como presidenta do Supremo Tribunal Eleitoral.
Coincide que outra mulher, Cláudia Sheinbaum, de ideias e carreira similares,
acaba de ser eleita a primeira presidenta do México, sendo que este país e o
Brasil são as duas maiores nações da América Ibérica. Ambas estão diante de
desafios nada tranquilizadores. O maior deles é a avassaladora expansão da
comunicação coletiva, pervasiva em tudo, principalmente depois do reforço da
inteligência artificial, cujos limites técnicos e éticos são desconhecidos. Como
principais armas, as recém-eleitas prometem a denúncia também inteligente e o
combate implacável contra a falsidade. A mendacidade dissimulada e o discurso
de ódio estão a serviço dos piores interesses – e serão cada vez mais ferozes se
o Brasil se aproximar do 7º PIB mundial. Para isso será necessária criatividade
infinita.
Carnen Lúcia foi minha contemporânea
na pós-graduação da UFMG, exatamente quando um grupo brilhante de docentes do
direito buscava implantar sólido e respeitadíssimo direcionamento na área. Os
Antunes lusos e brasileiros são figuras de projeção em muitas vertentes do
saber e das artes. Sou ligado a eles desde a infância, pela amizade ao genial
artista Jarbas Juarez Antunes, documentada em meu livro O RISO DOURADO DA VILA
(2020). Inesquecíveis são seu tio Eurico César, fino humorista, e seu irmão
Joaquim (Bembém), pioneiro documentarista ecológico. Outro seu irmão, Júlio Bolivar, meu colega no
ginásio, se casou com minha irmã Maria e me deu queridíssimos sobrinhos e
sobrinhos-netos. Na medicina, dois fraternos amigos: o prefeito de Diamantina,
João Antunes, colega de turma dos nepomucenenses Adauto, Alberto, Aprígio e
Oscarzinho, que muito me ajudou na pesquisa da doença de Chagas, e meu próprio
colega de turma Armando Gil, prodigioso discípulo de Baeta Viana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário