ROBERT REDFORD, SÔNIA BRAGA E WALTER
SALLES JR
João Amílcar Salgado
Em
1986, nos EUA, eu havia aparteado um conferencista sobre o significado do termo
“latino-americano”. Pediram-me para fazer uma exposição que pormenorizasse meu
aparte. Comecei pela geografia, mostrando que, além do México, grande parte da América do Norte é de origem
latina, ou seja, a porção francesa do Canadá e as porções francesa e espanhola
dos EUA. Já a soma das Américas Central e do Sul é quase toda ibero-americana.
Mesmo a origem bretã-germânica da América do Norte inclui o componente celta,
que também é componente ibérico. No Brasil, a população branca do nordeste e do
sudeste é fortemente galega, isto é, celta. Observei a grande afinidade entre
os brasileiros e os norte-americanos de origem irlandesa, escocesa e galesa.
Por outro lado, as três Américas foram colonizadas sob forte contingente
judaico, indígena e negro. Há ampla similaridade indígena, paralela às
formidáveis civilizações andina e maia. Comparei sudaneses do norte e bantos do
sul, na África e nas Américas. Citei a
obra “O PRESIDENTE NEGRO” de Lobato (antecipador de Obama).
Sugeri
que a maior aproximação entre os EUA e o Brasil aproveitasse tais fatos.
Pediram-me nomes que eu incluiria em tal intercâmbio. Respondi que citaria dois
lamentavelmente mortos e dois vivos: o cineasta John Ford, o escritor Ernest
Hemingway, o polímata Alex Haley e o cientista Carl Sagan. Daí que participei
de providências para a frustrada vinda de Sagan à UFMG.
Outro
estadunidense que na época não era bem conhecido é Robert Redford, um galã com
criativa inquietação social. Incluo-o na citada lista, por duas ligações com o
Brasil: seu romance com a fascinante atriz Sonia Braga e seus projetos junto ao
genial cineasta sulmineiro Walter Salles Jr.


Sensacional Professor! Afinal somos todos filhos da mãe África. O resto é desinformação científica ou preconceito etnocêntrico...
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