João Amílcar Salgado

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

 

TÚLIO DE OLIVEIRA – ASTRO INTERNACIONAL EM CIÊNCIA

João Amílcar Salgado

 


Virologista e perito em bioinformática, nascido em Brasília. Pesquisador da Africa do Sul e descobridor da variante ômicrom da covide. Diretor do CERI: Center for Epidemic Response & innovation, South Africa. Foi eleito pela revista NATURE um dos 10 tops mundiais em ciência, em 2021.

QUANTOS TALENTOS BRASILEIROS TIVERAM DE SAIR DAQUI PARA BRILHAR NO MUNDO?

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

 


O APLAUSO AO ATLÉTICO MINEIRO CONTINUA

João Amílcar Salgado

               Hà também múltipla relação entre o Galo e Nepomuceno. Na história do clube, médicos sírio-libaneses ocupam lugar especial, já que o ortopedista Neilor Lasmar e seu filho Rodrigo chegaram a médicos da seleção brasileira. Acontece que a família Lasmar está presente em três cidades mineiras, Bambuí, Piumi e Nepomuceno. Em O RISO DOURADO DA VILA (2003) aparecem a dona Dalila Lasmar Mansur, seus filhos e seu irmão Frederico Lasmar, este a quem atribuo a invenção do mito do super-homem, depois aproveitado por Holywood. De Piumi é Jorge Lasmar, meu amigo e colega, historiador da maçonaria. De Bambui é José Elias Lasmar, o Juquita, também outro grande amigo - e colega tanto na medicina como no estudo da doença de Chagas. O Juquita, pai do Neilor e avô do Rodrigo, é também contra-parente de meu tio Aprígio, pois é casado na família Pace.

            Quando me formei, trabalhei com um excelente ortopedista e clínico, o Abdo Arges, cujo auxiliar era o Haroldo Lopes da Costa – um era médico do Galo e outro seu craque-médico. Outro árabe foi presidente do atlético, o Paulo Curi, que tem interessante ligação com a Vila através do Marcly Vilela. Ambos estudavam em Alfenas, o Paulo odontologia e o Marcly farmácia, e eram craques do time da faculdade. O primeiro me disse que meu primo, apelidado ali de Roy Rogers, foi, apesar da menor estatura, o melhor goleiro que conheceu. Paulo é de Campestre, onde foi alfabetizado pela notável educadora Maria José de Pádua Duca, prima de meu pai. Mais um árabe indissociável do Galo é Adelmar Cadar, amicíssimo meu e triplo colega: na medicina, no humor e nas letras. O Abdo e o Paulo foram vítimas de intrigas cruéis, perfidamente injustas.

Por último, mas não o menos importante, vem o Roberto Drummond, ligado à Vila através da carreira de nosso artista Jarbas Juarez. Há a lenda de que seu livro HILDA FURACÃO (1991) surgiu de nossa conversa na barbearia do Gonçalves, sobre o romantismo dos anos dourados. Foi quando mencionei a fofoca anti-esquerdista de que o frei Mateus teria frequentado furtivamente a zona boemia. E o Roberto, como tremendo ficcionista, teria exclamado: vou ligar o frei à Hilda. Minha arriscada proposta era mais que isso: incluir no enredo a hipótese ficcional de que a Hilda era neta ou bisneta do bandoleiro nepomucenense Urias Maia.

            O querido Roberto está ligado para sempre à história do Atlético Mineiro pelo tropo: SE HOUVER UMA CAMISA PRETA E BRANCA PENDURADA NO VARAL DURANTE UMA TEMPESTADE, O ATLETICANO TORCE CONTRA O VENTO. 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

 


MEU APLAUSO AO ATLÉTICO MINEIRO

João Amílcar Salgado

Para registro comemorativo do campeonato nacional de 2021, conquistado pelo ATLÉTICO MINEIRO, lembro figuras do clube que se relacionaram comigo. Logo que cheguei a BH, em 1954, fui ver o empate entre Galo e Vasco no campo atleticano, hoje Diamond Mall.  Certo dia, o time fez baldeação na Vila e entre os curiosos estava eu, um garoto embasbacado com aquelas celebridades.  Encarei prolongadamente as mãos do goleiro Mão-de-Onça, que com elas me ameaçou de brincadeira.  Fui aluno e fraternal amigo do primeiro mais famoso goleiro do Galo, o dermatologista Osvaldo Costa, que tinha o apelido juvenil de Perigoso. Um 3º célebre goleiro foi também meu amigo e teve comigo disputa de causos engraçados - foi o Cafunga.  Um 4º foi meu aluno de medicina, o querido Marcial. João Leite, também goleiro, foi colega de pré-vestibular de meus filhos Carlos e João, este amigo da família Kalil.

            Na época do Perigoso, o Carlos Caiafa Filho, apesar da origem italiana foi atleticano doente, inclusive porque era colega de curso médico do imortal goleador Mário de Castro (nativo de Formiga). Em Campos Gerais, Caiafa foi treinador de um time mirim, cujo craque era Dondinho (pai do Pelé) e que chegou a jogar no mesmo Atlético.  Além do Mário, outro futuro médico que foi craque atleticano, é o Hélio Lopes, meu amicíssimo, cujo irmão Lucas se casou em nossa família Lima. Outro de origem italiana e atleticano fanático foi craque ali, meu colega de turma Márcio Tornelli, que se casou com a dorense Diva. Também médico é o exímio Rato, apelido carinhoso dado pela torcida a meu dileto contemporâneo Hugo Furtado. Mais um médico, o combativo Fábio Fonseca foi insuperável torcedor e dirigente.  Finalmente tive certa convivência com o inimitável Reinaldo, que frequentava o apartamento vizinho do meu. Outra figuraça lendária é o Júlio da Charanga do Galo, que foi frequentador de nosso Centro de Memória, levado a nosso bate-papo pelo Ajax. Deram ao Júlio (Firmino da Rocha) a honra de desembarcar em BH com a taça de 71 (na foto o presidente Nelson Campos, de quem aluguei meu primeiro apartamento).

Finalmente, digo que não cheguei a ser amigo do Dadá Maravilha, mas apoiei o Carlos Drummond, contra os que pretenderam ridicularizá-lo. E o colocamos no pódio não só de gols memoráveis mas de frases geniais, citadas em O RISO DOURADO DA VILA.

sábado, 4 de dezembro de 2021

 



O SÁBIO ABDIAS E A ARTE NEGRA

João Amílcar Salgado

Abdias do Nascimento idealizou o Museu de Arte Negra a ser abraçado pelo Inhotim. Em meu livro NEPOMUCENO – SÍNTESE HISTÓRICA apresento a hipótese de que os negros do Triangulo e do noroeste paulista sejam originários da diáspora sulmineira. Assim, o genial Grande Otelo, o talentosíssimo Alexandre Pires do Nascimento e o maior intelectual negro do Brasil, Abdias do Nascimento, teriam origem comum, a partir de bantos sulmineiros - talvez a mesma do Conego Vítor, da Nhá Chica e de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Os nepomucenenses e os sulmineiros devem visitar a mostra do Museu  no Inhotim, que se inaugura em 4/12/21.

sábado, 27 de novembro de 2021

 


A MAJESTADE DA CANÇÃO CAIPIRA MINEIRA

João Amílcar Salgado

Minas detém brilho invejável em música sertaneja. José Carlos da Piedade, Zé Coco do Riachão, Goiá e Tião Carreiro são mineiros que não podem faltar a qualquer registro do cancioneiro deste país. A esses quatro astros devem ser acrescentados o múltiplo Teo Azevedo, os Grupos de Serestas de Montes Claros e Diamantina, o coral Tangarás de Santa Isabel, o coral Arte Miúda,  bem como Teddy Vieira, ilustre sulmineiro adotivo.

José Carlos foi sanfoneiro, cantor e galã, até ser atingido pela hanseníase, trágico desfecho que lamenta na letra de SAUDADE DE MATÃO, sua criação imortal. Quando faleceu no sanatório, estelionatários que estavam à espreita se apossaram de sua criação. Zé Coco faleceu quando meu amigo Hermes de Paula programava levá-lo a um congresso médico em Montes Claros, onde eu receberia solenemente uma rabeca confeccionada pelo artista e declararia que algumas de suas composições são de fato bachianas, tanto           quanto as de Villa-Lobos. Dele é NO TERREIRO DA FAZENDA.  Ao Goiá me ligam três circunstâncias: a) ele é personagem da juventude de meu fraterno amigo José Sílvio Resende, o maior cirurgião torácico do país; b) sua gravação TIPOS POPULARES DE MINHA TERRA é coextensiva a meu livro O Riso Dourado da Vila e c) graças ao cabeleireiro Tadeu, o Amaraí foi nosso conviva na Vila, sendo membro da dupla que fez imenso sucesso com SAUDADE DA MINHA TERRA.  Já Tião Carreiro, autor de A VACA JÁ FOI PRO BREJO, foi consagrado definitivamente por Almir Sater, quando o declarou autor do resgate de nossa música rural, sendo inspirador e modelo do próprio Almir.

De Teo Azevedo exemplifico com LINGUAJAR CATRUMANO; das Serestas cito a modinha É A TI FLOR DO CÉU; dos Tangarás menciono ABC DE NOSSA SENHORA; do Arte Miúda lembro SAUDADES DE JK, e de Teddy Vieira relembro BOIADEIRO ERRANTE e O MENINO DA PORTEIRA. Em Ouro Fino, nasceu Luiz Renault Apocalypse, o maior juiz que já passou por Nepomuceno. Ali, na festa acontecida na casa do Geraldo Coutinho, sumidade ourofinense em medicina e cirurgia, os colegas goianos presentes aceitaram transferir Ouro Fino de Goiás para Minas.

[TODAS ESSAS GRAVAÇÕES ESTÃO NO YOUTUBE]

terça-feira, 23 de novembro de 2021

 

O VERDADEIRO MAPA DO MUNDO


jOÃO AMÍLCAR SALGADO

A primeira rainha Elisabete ou Isabel (1533-1603) ficou indignada quando lhe mostraram o ridículo tamanho da Inglaterra no mapa da Europa e mais indignada ficou com a insignificância da ilha no mapa do mundo. Ordenou que corrigissem aquilo nas dimensões que indicou, alegando que sua vontade devia prevalecer sobre a ciência. Parece que ela, com essa irritação e apoiada em seus piratas oficiosos, iniciou outra maneira de mudar qualquer mapa. Forjou o domínio quase total do mundo, por meio do poderio militar do Império Britânico. Essa conquista foi feita em detrimento da origem espanhola da rainha. Já seus primos lusos e seus longínquos parentes brasileiros seriam atingidos 200 anos depois, no começo da revolução industrial. Esta não seria viável sem o ouro de Minas e sem a alimentação popular pela batata sul-americana. E tiveram o cinismo de nos obrigar a chamar esta nossa batata de batata inglesa. 

Esses dados estão em meu estudo sobre o tema do umbigo do mundo. Gente inteligente de todos os lugares, inclusive desse mesmo império, sempre desconfiou que os mapas, desde que foram amplamente divulgados pelo desenvolvimento da imprensa, eram elaborados também ao largo da ciência, com base em tendenciosa cartografia eurocêntrica. Um desses críticos foi o religioso escocês James Gall, já em 1885. Foi ignorado - e só em 1973 o notável alemão Arno Peters conseguiu maior repercussão (mas nem tanto) com seu mapa mundial verdadeiro.

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

 

ILUSTRAÇÕES DO TEXTO

OS VILELAS E OS ALVES VILELAS

AS ILUSTRAÇÕES MAIS IMPORTANTES ESTÃO NO FACEBOOK – JOÃO AMÍLCAR SALGADO