João Amílcar Salgado

domingo, 8 de agosto de 2021

 

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O HIDROGENIO, GERADO POR ENERGIA SOLAR, É O COMBUSTÍVEL QUE ALIMENTA A PIRA OLÍMPICA DE TÓQUIO

João Amílcar Salgado


A pira da Olimpíada de Tóquio, de 3,5m de altura, acesa na cerimônia de abertura em 23/7/21, foi criada, em design minimalista, pelo cenógrafo Mansai Nomura, com base no conceito de que “todos se reúnem sob o Sol e todos são iguais, ao receber sua energia”. O hidrogênio usado como combustível foi produzido em Fukushima, atingida por terremoto em 2011, e a eletrólise da água que resulta nesse hidrogênio é feita por energia solar. 

 

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quinta-feira, 5 de agosto de 2021

 



CINEMATECA: INCENDIAR É A NORMA

João Amílcar Salgado

            Em 17/12/1961 o Gran Circo foi incendiado em Niteroi, por um funcionário demitido. Em 21/4/1997 o  índio Galdino foi incendiado em Brasília por filhinhos-do-papai.  Em 15/5/2010, o Instituto Butantan, obra do sul-mineiro Vital Brazil, foi incendiado por desleixo. Em 27/1/2013 a Boite Kiss foi incendiada por irresponsáveis, resultando em 242 pessoas mortas. Em 21/12/2015, o Museu da Língua Portuguesa foi incendiado por incúria. Em 2/9/2018, o Museu Nacional foi incendiado por descaso. Em 23/9/2020, quatro fazendeiros de Poconé incendiaram o Pantanal, sendo que, antes de atear fogo, providenciaram a retirada de todo o gado - e nenhum dos incendiários foi preso. Em 29/7/2021, a Cinemateca Brasileira foi incendiada por irresponsabilidade governamental. Outros incêndios foram nas seguintes edificações: Andraus em 24/2/1972, Joelma em 1/2/1974, Ultracargo 2/4/2015 e “Prédio Invadido” em 1/5/2018. Nas últimas décadas, a Amazônia sofre incêndios e desmatamentos cada vez maiores, por interesse de grileiros, garimpeiros e madeireiros – estando todos esses criminosos escancaradamente impunes.

domingo, 1 de agosto de 2021

 LUCIANA  VILELA PROCÓPIO

João Amílcar Salgado


LUCIANA PROCÓPIO VILELA comanda a tradicional Drogaria Universal do bairro Floresta e recebeu a homenagem a seu pai.  O Conselho Regional de Farmácia, comemora este ano 60 anos de existência. Em solenidade especial, prestou homenagem a farmacêuticos e empresas com 60 anos de inscrição. Foram seis farmácias, dentre elas a FARMÁCIA UNIVERSAL. É com muito orgulho que faço parte desta grande história. Gratidão por todos colaboradores e em especial meu pai, SPENCER PROCÓPIO ALVARENGA , que trabalhou 70 anos conosco.  Junia Célia Medeiros , presidente do CRF destacou " Poderíamos celebrar a data de várias outras maneiras, mas preferimos homenagear aqueles que tem o mesmo tempo ou mais de trajetória que o conselho. E ninguém melhor do que nossos colegas que estão sendo homenageados para representar os mais de 27 mil farmacêuticos mineiros." O presidente do CFF, Walter Jorge João, frisou " parabéns por suas trajetórias de dedicação à profissão. Vocês têm juventude acumulada " Luciana é ligada a três clãs de farmacêuticos mineiros: de seu pai Spencer, de seu avô Clyde Alves Vilela e de seu tio-avô João Salgado Filho.

sábado, 31 de julho de 2021

 


SIMONE BILES CATOU RISCO

João Amílcar Salgado

            O caso mais recente e mais estrondoso de catação-de-risco acaba de ser protagonizado (29/7/21) pela maravilhosa atleta olímpica Simone Biles. Ela alegou não estar ok.   Com isso, abandonou a prova final de ginástica por equipes, nas  Olimpíadas de Tóquio. A catação-de-risco foi caracterizada em Nepomuceno em 1946 pelo farmaceutico João Salgado Filho e pelo dentista Sílvio Veiga Lima, referendada pelos médicos Décio Lourenção, Alberto Sarquis e Rubem Ribeiro. Foi  publicada na  revista CASOS CLÍNICOS EM PSIQUIATRIA, em 2003, a convite do professor Maurício Viotti. Tal artigo foi transcrito  como um dos capítulos da edição do livro de João Salgado Filho OLHOS NEGROS (2016). A catação-de-risco alcançou o plano internacional, quando apareceu em tres filmes: MELHOR É IMPOSSÍVEL (1998), O AVIADOR (2004) E TOC TOC (2017), dirigidos respectivamente por James Brooks, Matin Scorcese e Vicente Villanueva. No primeiro, o ator é Jack Niclholson, no segundo é Leonardo diCaprio e no terceiro é um grupo de notáveis artistas. O termo TOC significa Transtorno Obsessivo-Compulsivo, que passou a uso comum, a partir da adoçao generalizada, neste século, da classificação psiquiátrica do DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) dos EUA.  Leonardo confessou que decidiu encarnar o catador-de-risco Howard Hughes, que realmente existiu, porque ele próprio sempre catou risco. Outras personalidades como o cantor Roberto Carlos e o inventor Nicola Tesla aparecem na mídia como portadores desse transtorno. No esporte dois casos antes de Biles foram o do tenista Guga (2008) e a catação-de-risco coletiva da seleção brasileira na derrota para a Alemanha por 7 a 1, no Mineirão, em 2014. Ígualmente é atribuível à catação-de-risco o fracasso de outros favoritos nas competições esportivas mais acirradas.

quarta-feira, 28 de julho de 2021

 


PARA A QUERIDA E LINDA SOBRINHA MICHELLE 27/7/21

 

 

A Michele me pergunta sobre os artistas de sua parentalha. Respondo o seguinte. Você, que é a artista mais promissora do macramê,  está mergulhada em plena tradição artística, tanto da família Salgado como da famÍlia Vilela. Meu pai foi poeta, contista e humorista.  A mãe dele, minha avó Chanica (Emerenciana Ferreira de Castro Salgado) foi a primeira professora de trabalhos manuais no grupo escolar Cel. Joaquim Ribeiro. A aluna dela Maria Tagliaferri Vilela dizia maravilhas da arte dela nos bordados e nos doces.  Nossa tia Rute, filha dela, era exímia bordadeira: procure com a Ana Maria Salgado exemplos de bordados dela.  Minha avó Amélia Vilela, mãe da sua bisavó Vange, era craque no bilro e a filha  no crochê. Sua avó Ia era craque no tricô. A Helenice deve ter bilro da vó Amélia. Aqui em casa temos o João Vinícius que é desenhista e músico, enquanto sua filha Fernanda prenuncia uma artista polivalente.  Na família Antunes não podemos esquecer que a Alzira (Zizi), tia do Vavá, fazia as melhores camisas sociais dos políticos na capital Rio de Janeiro. O Ari e o Zequinha, irmãos dela, eram artesãos finíssimos.  O Eurico, outo irmão, e o sobrinho Jacy eram artistas em confeitos e quitandas. O Jarbas ou Binha se consagrou nacionalmente no desenho, na pintura, na escultura e no cartum.

terça-feira, 27 de julho de 2021

 

MANOEL JACY VILELA E AS FRUTAS QUE CATÁVAMOS

João Amílcar Salgado

 



RECEBI DO MANOEL JACY VILELA O SEGUINTE COMENTÁRIO

EM NEPOMUCENO TEM, TANTO ÁREA DE CERRADO COMO DE CULTURA (A PARTE MONTANHOSA). E AS TERRAS DE CERRADO SÃO HOJE, DIFERENTEMENTE DO PASSADO, AS PREFERIDAS E MAIS VALORIZADAS PELOS AGRICULTORES. ACONTECE QUE O USO, INTENSO E GENERALIZADO DAS TERRAS DO CERRADO, EXTINGUIU OU QUASE ALGUMAS PRECIOSIDADES DA TERRA E QUE PERMANECEM NA MINHA DOCE MEMÓRIA DE INFÂNCIA E DE MOLEQUE, QUE FUI. AS GABIROBAS, O CAJÚ RASTEIRO, O MARMELINHO, O ARAÇÁ RASTEIRO E ATÉ O MAROLO NÃO EXISTEM MAIS. TENHO TENTADO FAZER MUDA DE GABIROBA, MAS NÃO CONSIGO A FRUTA. NA INTERNETE TEM DISPONÍVEL, MAS QUERIA A DE LÁ. NO QUE CHAMÁVAMOS RETIRO DO TITO SALGADO, HOJE TERRENO DO LÍVIO, EU COLHIA UMAS GABIROBAS AMARELAS ENORMES E DE UMA DOÇURA SEM IGUAL. SE NO SEU TERRENO AINDA SOBROU ALGUMA GABIROBA, POR FAVOR GUARDE UMAS SEMENTES PRA MIM. HOJE 60% DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA DO PAÍS VEM DO CERRADO. O ALISSOM PAULINELLI AS TRANSFORMOU NAS TERRAS MAIS PRODUTIVAS DO MUNDO. O RETORNO É DIFÍCIL.  DEVEMOS CUIDAR PARA PRESERVAR O QUE RESTA. PELO MENOS ISSO. VAMOS LANÇAR A CAMPANHA: SALVE AS FRUTAS DO CERRADO QUE EXISTIAM EM NEPOMUCENO. ABRAÇOS.

 

Respondi ao querido primo, ex-aluno, professor da UFMG e, principalmente, excepcional cirurgião, com as seguintes palavras.

O cerrado da Vila serviu no passado não só à caça mas como manancial de barbatimão para curtir o couro do cervo e como fonte de alimento. Nós mesmos ainda vendíamos caminhões de barbatimão para os curtumes de Juiz de Fora. Catá gabiroba foi também meu esporte e de minha turma a cada ano. E também as frutas que você lembrou, às quais acrescento o coquinho cagão, o articum também cagão, melão de S Caetano, milho de grilo e o tomatinho que matava a sede dos catadores. Não tínhamos coragem de comer fruta-de-lobo, apesar de seu inebriante perfume. Por acréscimo, chupávamos cana e comíamos bananas das touceiras furtivas. Ainda criança alcancei nosos coqueiros numerosos, exterminados pelo Batista Correa, primo de minha mãe, que ia pedir para derrubar o palmito, de que era fanático. O Vavico me disse que, além do coqueiro comum, era numeroso o coqueiro macaúba e a juçara, ao lado do pé de pinhão (araucária). Na região o marolo que foi pejorativo aos estudantes dorenses e trespontanos, migrou para Paraguaçu, Eloi Mendes e principalmente Machado onde se vende a muda. Devem ser plantadas mudas macho e fêmea. Os funcionários do Internato Rural me abasteciam com o marolo do alto sertão. O João Veiga me confessou que infelizmente o Jonas seu pai desmatou várias áreas, na venda de lenha para a Belgo Mineira. Esta e os guseiros foram os primeiros inimigos do cerrado mineiro. Tentei fazer um pomar de mirtáceas, frutas-símbolo do Sul de Minas, ao lado do mel de abelhas nativas. A ferrovia disseminou a abelha europeia, que chegou para ficar na Vila, fornecido por Jonas Gama, Rui Salgado e Ana Paula Salgado, mas as originais persistem pelo menos no nome de lugares: Trumbuca, Mandembo, Minduri e Guaxupé. Tenho pé de gabiroba, araçá e grumixama, mas fracassei no marolo e no cambuí. O maior fruticultor da Vila foi meu pai, descendente de Antônio José Rabelo Campos, aquele que plantou as primeiras uvas da região, no Parreiral, em Tres Pontas. Hoje o maior da região é o José Custódio de Carvalho, de Perdões, pai do Albertino Carvalho, dono do Pastel de Fubá, próximo à ponte do Rio Grande, km 685 (foto). Transmito a você o convite que ele me fez.  Vamos a seu pomar para homenageá-lo, degustar pomos e adquirir mudas.

 

 

         

 

segunda-feira, 19 de julho de 2021

 

ÂNGELA MERKEL E AS INUNDAÇÕES NA ALEMANHA

 !

Merkel declarou o seguinte: "É uma situação surreal e fantasmagórica. Diria até que o idioma alemão tem dificuldade em encontrar palavras para descrever a devastação que foi causada".

Comentário do Apolo Lisboa, protetor do nosso Rio das Velhas:

Os administradores mundiais são, em sua maioria economicistas, por formação nas universidades e força do poder econômico. Assim, priorizam as questões da gestão econômica e ignoram que a base da Economia é a Ecologia. Quando tratam a questão ambiental se remetem a uma visão da química do carbono e outros gases, fugindo da compreensão do condicionamento/determinação exercidos pelas demandas sociais, das políticas setoriais e da realidade física, quimica, biológica e todas as interações dos ecossistemas. Assim, não se percebe o clima e o ciclo hidrológico como questão também humana, não juntam as pontas. Não se enxerga o desmatamento na base do agronegócio e a crise hidro-ambiental que envolve a matriz alimentar dos mais de 07 (sete) bilhões de seres humanos, com foco em proteínas animais e muito desperdício, com demanda por irrigação tornada insustentável, erosão e perda de solo agrícola, expansão constante da fronteira agrícola e uso crescente de agrotóxicos e outros.

Assim, o desmatamento generalizado, a terrível monocultura que nega a essencialidade da biodiversidade no equilíbrio natural, a ocupação humana de áreas com função ambiental precipta como as áreas úmidas, a canalização de córregos urbanos após ocupação indevida de suas áreas ciliares com edificações e ruas que geram repercussões sistêmicas, confundindo cabeças formadas na visão disjuntiva da disciplinaridade acadêmica, incapaz de perceber a complexidade dos fenômenos somente apreendidos por meio da transdisciplinaridade. São acontecimentos que colocam dirigentes de alguns países europeus perplexos e revelam a falência dos conhecimentos da engenharia civil tradicional e das decisões políticas que insistem em tratar separadamente questões sistêmicas absolutamente integradas espacialmente, tematicamente, politicamente, economicamente, e por aí vai. Em suma: uma questão de metodologia científica e da construção permanente de uma nova mentalidade na Terra. Precisamos mudar, e faz séculos!